domingo, novembro 24, 2024
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Review | Dragon Ball Z: Kakarot

Bandai Namco prometeu que seria a experiência única e definitiva de jogar universo de Dragon Ball Z nos consoles. Num mundo aberto e RPG, ela cumpriu isso. Mas será que realmente o jogo é bom? E vale a pena comprar ele?

Jogamos o novo Dragon Ball Z: Kakarot e assumimos e jogamos até mais do que devia antes de escrever essa análise. Imenso e com inúmeras possibilidades, Dragon Ball Z: Kakarot realmente foi uma boa adaptação e viemos falar um pouco disso.

Mas com Dragon Ball Budokai, Dragon Ball Xenoverse e Dragon Ball FighterZ não tinha isso? É verdade que cada um a sua maneira foi uma releitura e adaptação do universo do Toriyama, porém esse novo jogo deu uma pegada The Legend of Zelda misturada ao com Naruto: Ultimate Ninja e trouxe algo que vale a sua atenção.

Comercial japonês exaltando nostalgia da franquia

CyberConnect2

Não é à toa que o controle e até mesmo a forma de explorar o mundo aqui seja parecido com a franquia Naruto: Ultimate Ninja. Estamos falando da mesma produtora que é a CyberConnect2.

Parceira da Bandai Namco de muitos anos, a empresa trouxe tudo que deu certo na série Naruto para universo de Dragon Ball Z, indo até além. Trazendo um mundo bem mais vasto do que estávamos acostumados no mangá criado do Akira Toriyama.

Muitas perguntas que nem nunca pensamos em que tivessem respostas, acabaram sendo respondidas entre uma lacuna ou outra nessa adaptação.

Se gosta da série Ultimate Ninja Storm, provavelmente estará bem acostumado em começar a jogar Dragon Ball Z: Kakarot

É uma versão definitiva?

Diria que não existe uma edição assim. Sempre se pode melhorar o que foi feito antes, mas se podemos comparar com todos os jogos aqui, realmente foi uma decisão bastante feliz o desenvolvimento desse jogo.

Dragon Ball Z: Kakarot não é curto e pode ser jogado por muitas horas e talvez meses, se você deseja realmente explorar todas as possibilidades que a história lhe oferece. Agora, caso você deseja só seguir a história, talvez seja uma versão mais curta, porém mesmo assim continua ser um jogo robusto da série.

Está tudo de Dragon Ball Z aqui?

Em sua essência sim, porém logicamente que existem coisas que ficaram de fora ou tiveram uma narrativa totalmente diferente do original, talvez afastando do impacto o que a obra original teve.

Um exemplo é o momento icônico “Mais de 8 mil” que foi omitido desse novo jogo. Meme internacional por um erro de tradução na primeira versão da série nos EUA, a cena já esteve em outro jogos antes, porém aqui acabou ser ignorado.

O caminho até o Sr. Kaio está no jogo, mas também foi bem resumida para valorizar outros momentos. É ruim essa escolha? Talvez se você faz muita questão de ver um momento que foi importante pra ti em Dragon Ball Z.

Um exemplo de uma releitura interessante é quando Gohan foge do treino do Piccolo para ver sua mãe. Essa cena no jogo ganhou uma missão extra com Pual pedindo ajuda pra Gohan numa receita para o Yamcha. Esse é um exemplo entre outros de missões extras que foram adicionadas na história.

Trazendo respostas que a obra original não teve

Uma das coisas que foi divulgado no lançamento do jogo é que Dragon Ball Z: Kakarot viria para explicar várias questões que ficaram em aberto no mangá e animê originais.

Quer um exemplo disso? A questão da população em Dragon Ball ser composta de animais e humanos, enquanto no Dragon Ball Z ter mais humanos. O jogo se preocupa em explicar esse detalhe curioso com uma explicação que assumo que não esperava ser essa. E olha que até o prefeito de uma cidade está envolvido nisso.

Outro ponto é explicar a ausência da Launch que o autor já confessou algumas entrevistas que esqueceu dela. O jogo também traz uma missão para explicar isso.

Os fillers estão no jogo?

Sim, eles estão. O Goku com a carteira de motorista, algo que era filler e até mesmo retirado da remasterização Dragon Ball Z Kai, acabou presente aqui no jogo.

Foi uma criação do autor para o animê da época e algo que realmente os fãs sempre gostaram do Goku e o Piccollo tentando tirar licença de motorista. Aqui os personagens podem dirigir carros e passear pelo mapa do jogo.

Jogabilidade

O controle do jogo segue o esquema Naruto, tendo direcional para ativar uma lista de golpes que podem ser utilizados pelos botões da esquerda. Além disso, você pode utilizar alguns personagens como aliados na luta, algo bem parecido dos jogos da CyberConnect2 do Naruto.

Falando com sinceridade, o controle flui muito bem e os personagens não se perdem na tela ao voarem por ele todo. Já tivemos exemplos em anos anteriores que os personagens se perdiam em cena.

Aqui a jogabilidade e câmera funcionam muito bem, trazendo uma experiência agradável que vai se tornando cada vez mais rápido por causa da evolução do seu personagem.

Assumo que gosto de jogabilidades 2D e por causa disso o Dragon Ball FighterZ era algo que eu considerava como perfeito. Só que independente disso, aqui temos algo totalmente diferente e mesmo assim funciona muito bem em cena. São jogabilidades diferentes e funcionam em sua respectivas propostas.

Tradução em Português

Assumo que sinto falta de uma dublagem brasileira num jogo da franquia, quando já tivemos esse tratamento em jogos das séries Naruto e Cavaleiros do Zodíaco pela própria Bandai Namco.

Independente disso, o jogo tem uma tradução boa e bem eficaz. Talvez algumas coisas diferentes se você entende japonês, mas mesmo assim usando alguns termos utilizados pelo animê no Brasil (e não pelo mangá vale citar).

Tem deslizes? Tem, mas estes podem ser resolvidos num patch ou numa atualização que talvez até já tenha sido feita enquanto você lê esse texto.

De qualquer maneira, sempre é bom jogar um jogo de uma série que você conheceu em seu idioma nativo, assim recomendo e sugiro que joguem no nosso idioma.

Diversão e Replay

Por estar jogando Dragon Ball Z: Kakarot ainda, fica difícil em falar em Replay quando o jogo é tão grande assim, porém não muda que a diversão seja bem alta ao reviver momentos chaves da série.

Sendo um RPG e mundo aberto, você pode parar qualquer momento o jogo para pescar, caçar, cozinhar e recolher itens. As possibilidades são infinitas.

Além disso, o jogo ao trazer o Red Ribbon desde o começo da saga Vegeta, você pode treinar e evoluir seus personagens com oponentes da organização que surgem o tempo todo no mapa. Temos torres da Red Ribbon entre outros objetivos do jogo, podendo jogar e derrotar eles em qualquer momento da série.

Bonyu, a antiga membro do Esquadrão Giniyu

Personagens inéditos e retornos

Entre as novidades do jogo, temos a personagem Bonyu que é uma ex-membro do Esquadrão Giniyu. Revoltada com lance de poses e coreografias, a personagem acaba sendo uma das novidades por aqui.

Além disso, entre as missões extras temos o retorno do Raditz que é ressuscitado pelas esferas do Dragão. A chegada dele dá novas possibilidades a série, mesmo que seja só uma missão extra.

RPG e a evolução de seus personagens

Assim que você for conquistando momentos do jogo, temos uma série de possibilidades para aumentar as habilidades dos seus personagens. Seja humanos ou saiyajins a progressão é feita com as suas vitórias.

Opinião

Dragon Ball Z: Kakarot é definitivamente uma das melhores experiências que foi lançado nos últimos anos. Contando a história tão rica de detalhes e mesmo assim com tantas novidades, o jogo conseguiu trazer um ar inovador, mesmo depois de jogos como Dragon Ball: Xenoverse. E olha que lá a gente falava de plots como patrulheiros do tempo para reviver a história da franquia.

Graficamente falando, assumo que já faz algum tempo que a série já chegou no seu auge e aqui não é diferente. Trazendo gráficos bonitos que imitam bem fielmente os traços da animação original.

A escolha de trazer a abertura original de volta, depois de tantos anos trazendo músicas originais, também foi uma decisão bem acertada para homenagear o desejo de nostalgia em caminhar pela história original.

Se você é fã da série original, Dragon Ball Z: Kakarot é uma escolha ideal de reviver a história de uma maneira diferente e trazendo ares novos a uma que conhecemos tão bem.

E caso você comece o jogo agora, se prepare, porque não é nada curto.

Dragon Ball Z: Kakarot

Data de lançamento: 17 de janeiro de 2019
Gênero: RPG
Motor: Unreal Engine
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows
Desenvolvedores: CyberConnect2, Bandai Namco Entertainment
Estúdio: Bandai Namco Entertainment

Agradecimentos a Bandai Namco por ter enviado uma análise a equipe do JWave

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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