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segunda-feira, abril 28, 2025

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Máquina transforma papel usado do escritório em papel higienico

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O site Inside Tokyo mostrou uma novidade bastante interessante para os escritórios japoneses, uma máquina que transforma todo papel usado no escritório em papel higiênico.

Tendo lançamento programado para final de agosto, a máquina desenvolvida pela Nakabayashi, pesa 600 kg, sendo que ela não faz barulho e transforma 7,8 kg de papel em aproximadamente 48 rolos de papel higiênico.

O preço em média é de 9 milhões de ienes, sendo que a grande expectativa da firma para o primeiro ano, seja a venda de 60 unidades.

Para quem trabalha em escritório, seria uma boa, essa máquina no Brasil. Porém uma pergunta não quer calar, será que o papel fabricado por essa máquina é macio?

Veja os animes que estreiam em Setembro e Outubro na televisão japonesa

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O site Otaku World News, revelou as estreias dos animes, que estreiam na temporada de Outono no Japão. Para quem não está acostumado, no Japão as séries são lançadas pelas estações por ano, assim temos grandes lançamentos 4 vezes ao ano.

Relebrando, esse ano tivemos a estreia de Dragon Ball Kai na Primaveira, acompanhado do remake de Full Metal Alchemist, e o remake da série Mazinger Z. Na mesma temporada, tivemos o retorno de Haruhi Suzumiya com episódios da primeira temporada, misturados com a segunda temporada.

Em setembro também se encerra a série Kamen Rider Decade, com o filme nos cinemas e a estreia de Kamen Rider W.

O anime do Stich ganha continuação no Japão em Outono, lembrando que a primeira temporada Stitch está no Brasil pelo Disney Channel.

Para fãs de Clamp, vem a estreia de mais uma personagem com conexões de XXX Holic e Tsubasa, a Kobato. Pessoalmente estou esperando muito dessa série animada.

Para fãs de dorama, a série em anime Winter Sonata, também estreia entre Setembro e Outubro.


Para fãs de Tezuka, vem a estreia de Jungle Emperator Leo, que é uma releitura do personagem Kimba, o leão branco.

Os grandes destaques da temporada são Inuyasha: ato final e Fairy Tail.

Japão: A surpresa que veio no Bento

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O Renato postou ontem no site You Tube, o vídeo que eu filmei, do Renato comendo o bento dele, rumo a Nagano. Para surpresa minha e dele, veio um mini polvo inteiro, que realmente chamou a atenção e até deu um certo nojo em provar aquilo.

Porém, o Renato cheio das idéias, sempre falava “se está no Japão, tem que provar tudo que tem direito”, e ai pediu que eu filmasse ele comendo essa “surpresa” no bento dele. Descubra o que ele achou da comida.

Kusanagi, do grupo Smap, volta a ser garoto propaganda da Televisão Digital no Japão (Atualizado)

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O site Kyodo News divulgou a volta do astro Kusanagi Tsuyoshi, como o garoto propaganda do governo japonês para a televisão digital. A televisão analógica no Japão encerrará em 2011, até lá, Kusanagi irá protagonizar campanhas institucionais do governo, sobre a transição da analógica para a digital.

Kusanagi havia sido dispensado pelo governo, depois do episódio em 23 de abril, em que ele foi encontrado bêbado e nu, num parque em Tóquio. O episódio ficou conhecido no mundo inteiro, sendo inclusive divulgado pelas principais mídias do Brasil. Uma frase dele ficou celebre na internet, que segundo a policia japonesa, ele teria dito, ao ser encontrado pelado: “O que há de errado em ficar nu?”.

No Japão, quando uma celebridade comete um deslize como esse, custa-lhe caro, Kusanagi foi dispensado de diversos trabalhos, seus anúncios foram retirados e o próprio governo o substitui por um mascote. Ele também ficou um tempo afastado do grupo SMAP, nas gravações do programa Smap X Smap, por causa do episódio.

Não pensem que ele foi o único a sofrer com isso, já que temos nessa lista, Koda Kumi, Alex do grupo One Ok Rock e a atriz Erika Sawajiri, que tiveram problemas semelhantes e que tiveram que sofrer o peso da sociedade tradicional japonesa.

Por ter a imagem de bom moço, a sociedade o perdoou rapidamente, e por causa disso, ele voltou rapidamente anunciando novas séries, gravando também o Smap X Smap entre outras novidades. A mais recente que confirma o perdão dele, foi o retorno dele como garoto propaganda da televisão digital para o governo japonês.


Atualizado: A @rshimura, acaba de nos informar que segundo a Association for Promotion of Digital Broadcasting, o Kusanagi se ofereceu para ser o garoto propaganda de graça durante os próximos dois anos.

Os japoneses não lavam calça jeans?

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É isso que o site Inside Tokyo publicou esses dias, sobre uma pesquisa recente feita no Japão e a descoberta “mal cheirosa” que os japoneses não lavam suas calças.
Utilizando apenas de um spray desodorante e varal pra tomar ar, os japoneses lavam raramente suas calças jeans. No entanto, não interprete isso como nunca, mas na pesquisa, tantos homens e mulheres afirmaram que ficam sem lavar suas calças por meses, podendo até chegar há um ano. Nojento? Talvez, mas realmente é estranho a forma de como os japoneses querem que sua calça dure.

Eles alegam que não lavando, a calça dura mais, como também a lavagem desbota o jeans, isso sem mencionar a calça que é cara em si. Por isso, optaram a apenas usar um spray desodorante invés da tradicional lavagem.
Ainda na matéria, de 30 entrevistados, 7 não lavam suas calças por mais de um ano, quatro há seis meses e três mais de um mês. O que eles realmente querem passar é que os japoneses não lavam seus jeans.

O que pode causar, você não lavar o jeans? Bolor. Isso mesmo que você leu, já que analisando uma calça sempre lavada e a outra que usa sempre spray, descobrimos que a não lavada tem bolor. Assustador, não?
Será que essa moda pega no Brasil? Espero profundamente que não. Ficou curioso sobre o spray que eles usam pra tirar o mal cheiro? O comercial do produto está aqui embaixo.

Hard Gay Fuuuuuuuuuuuuuuuuuu! (フゥ~!)

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Hard Gay é um dos personagens cômicos mais famosos do Japão no momento. Usando roupa de couro, e tendo a marca registrada em rebolar o quadril e seus gritos como “Fuuuuuu” e “Okay”, o personagem criado por Masaki Sumitani é um dos grandes destaques de 2005 pra cá. Para nós brasileiros, o visual de Hard Gay lembra o personagem Pit Bicha, criado pelo Tom Cavalcante, enquanto outros definem, que Hard Gay é um membro expulso do Village People. O personagem criado para o programa Bakushō Mondai no Bakuten, tornou-se a grande salvação do programa que iria ser cancelado, dando picos de audiências de 14%.

Hard Gay – A Origem

O Razor Ramon Hard Gay (é o nome dele, sendo abreviado apenas para Hard Gay ou também para a sigla HG) começou em 1997, como lutador de wrestling profissional (também conhecido como Telecatch), que é um esporte onde o praticante deve derrotar um oponente sem atacá-lo com objetos inanimados, como armas.

Masaki Sumitani acabou se mudando para Osaka, participando de um grupo de comediantes chamado Yoshimoto Kogyo. Lá, entre interpretou diversos personagens, entre eles, um padre e um punk. A opção do personagem Razor Ramon torna-se homossexual partiu do próprio criador, em uma conversa entre amigos e membros do grupo de comedia. Foi Kobayashi Kendo, do mesmo grupo, que sugeriu a caracterização do personagem fosse chamada de Hard Gay, justamente por se referir a dança do próprio ator. Não precisa imaginar que Hard Gay, também foi levado em conta por significar a “A arte gay” e também a “Hardcore Gay”, tornou-se o nome Hard Gay utilizado desde então por Masaki Sumitani.


Para a criação do personagem, Sumitami freqüentou diversos bares gays, na região de Doyama-cho, em Osaka. Para revisar a criação do personagem, ele freqüentou a região Minami-Horie, onde encontrou uma loja chamada VFTQ, especializada em moda gay no Japão. Vale lembrar que entre as curiosidades que ele tem, é que seus óculos escuros são o mesmo que o cantor Elvis Plesley usava.

Para sua interpretação, Masaki, comentou já em algumas entrevistas, que se baseou no cantor já falecido, Freddy Mercury, do grupo Queen.

La Vida Loca – O tema de Hard Gay


A música La Vida Loca do cantor Ricky Martin, auge nessa época, havia chegado a todo mundo, inclusive no Japão, e logo quando Masaki ouviu, decidiu naquela hora que seria o tema ideal para seu personagem.

Hoje, para população japonesa, a canção La Vida Loca tornou-se o tema do personagem que invadiu todo Japão, com o enorme merchandising sobre ele.

Entre o amor e ódio da população japonesa


Tornando-se popular no programa Bakuten, exibido pelo canal TBS, Hard Gay pela ironia do destino, virou o mais desejado pelas adolescentes japonesas. Chacoalhando os quadris e gritando “Fuuu” e “Haado GEI” (pronuncia em japonês das palavras em inglês Hard Gay), o personagem caiu ao gosto da população japonesa, no horário família, na TBS, algo bastante incomum. Sendo um personagem criado com algumas características sadomasoquistas e pra lá de sexuais, Hard Gay teve sorte em ser aceito, já que outros artistas por muito menos, não tiveram a mesma aceitação. Vale lembrar que Hard Gay não é o único personagem que faz uma caricatura exagerada do universo homossexual, mas foi o único que obteve êxito.

Uma das razões do sucesso de Hard Gay no horário familiar é justamente a missão de ajudar as pessoas, seja conscientizando as pessoas com limpeza em parques, ou ajudando um restaurante de Lamén que estava indo mal em vendas, entre outras missões em pró a sociedade.

O personagem Hard Gay tornou-se uma figura popular, principalmente entre as crianças. O engraçado dessa história toda é que Hard Gay ganhou o “status” de ame ou odeie, sendo assim, do mesmo jeito que muitos adoram o personagem, existe também aqueles que o odeiam.

As pessoas contra “Hard Gay”

Sendo criticado, por ofender uma minoria sexual, Hard Gay é condenado por fazer um estereótipo pejorativo, utilizando-se do bizarro. Kanako Otsuji, uma das maiores defensoras do homossexualismo no Japão, fez a seguinte declaração, na Liberdade lésbica da Assembléia Provincial de Osaka da Mulher.

“[A forma como a mídia trata minorias sexuais] me deixa irritada. Esta manhã eu vi [comediante] Razor Ramon pela primeira vez. Eu nunca o assisti antes na televisão. Eu só havia ouvido falar dele. Ele não é homossexual. Ele usa apenas uma caricatura gay para sua atuação, fazendo as pessoas rir. Eu tenho medo que as pessoas vão começar a imaginar que os homossexuais são pessoas como ele, que gritam e mexem seus quadris”

Kanako Otsuji

As criticas sobre Hard Gay não pararam por aí, a Hokkaido Associação da Minoria Sexual de Sapporo, também fez a seguinte declaração: “A aceitação de Hard Gay pelo público japonês mostra-me que há uma forte tendência aqui para ver a homossexualidade como algo engraçado. Isso é triste.”

Hard Gay e a mídia

O sucesso de Hard Gay foi tanto, que logo a publicidade japonesa, percebeu o potencial em torno do personagem, assim utilizando para uma série de anúncios do país. Entre eles, podemos destacar o lançamento do filme Quarteto fantástico no Japão, em que o traje Hard Gay, ganhou uma leve alteração, trocando a sigla HG pelo número 4.

Diversos produtos com o Hard Gay chegou as lojas, entre eles: camisetas, chaveiros, inclusive sua própria versão do brinquedo Pula Pirata.

Hard Gay e a cultura pop


Quando um personagem se torna ícone, não demora muito para ele aparece em tudo que é produção, assim Hard Gay começou aparecer direto em diversas produções tanto em anime como em live action no Japão.

O caso que mais chama atenção é o episódio 39, da série Boukenger (no ocidente adaptada como Power Rangers Ultra Veloz), aonde aparece uma pessoa parecida com ele, e agarra um dos personagens da série.

Entre animes, diversas produções, Hard Gay apareceu, entre elas, destaca-se a citação dele em Suzumiya Haruhi no Yuuutsu, Bokusatsu Tenshi Dokuro-chan, Gantz, Gintama, Lucky Star, Pani Poni Dash! Isso é apenas um dos exemplos que o personagem Hard Gay tornou-se um personagem popular principalmente entre as crianças.

Agora não pense que apenas em tokusatsu e animes, o comediante apareceu, já que ele também apareceu em diversos doramas, destacando-se: Ichi Rittori no Namida, Nobuta wo Produce e Hana Yori Dango.

Diversos programas de entretenimento japonês criaram provas baseadas no personagem. Desde em como requebrar os quadris, como ele a provas mais complicadas, em imitar o personagem. Hard Gay tornou-se mais um ícone da cultura pop japonesa.

Young Man


Na carreira musical, o comediante lançou apenas um trabalho de mercado, cover da canção Young Man, do grupo Village People. O single ainda vem com duas versões remixadas da cover Young Man, intituladas: Young Man “Venus Fly Trapp HB Mix” Young Man “Adult Trance Mix”. Como de praxe nos singles japoneses, a versão do Young Man cantada por Hard Gay, também ganhou uma versão karaokê.

O videoclipe Young Man vem com o mesmo humor característico do personagem, trocando os membros do Village People, por 5 Hard Gays, no palco. O original no centro, e quatro versões dele, atrás, cantando e dançando do mesmo jeito que conhecemos o Hard

O casamento do Hard Gay

Masaki Sumitani sempre deixou claro que ele e o personagem são bem diferentes, inclusive na sexualidade, assim, logo se confirmaria, quando o comediante se casou com a modelo Anna Suzuki em 10 de agosto de 2006.

Em março desse ano, o casal anunciou a gravidez do seu primeiro filho, prometido para 30 de julho de 2008. Masaki anunciou também que irá reaparecer na mídia como Hard Gay.

Atualmente, ele voltou ao ar apresentando um programa de madrugada que trata de assuntos um pouco “calientes”, porém ainda não ganhou destaque pela mídia japonesa, como na vez passada. Será que Hard Gay foi um personagem cômico apenas pra uma temporada no Japão?

Pocky: Stick to fun!

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A sobremesa Pocky é bastante conhecida entre os fãs de animê e mangá. Ela está sempre presente no dia a dia de seus personagens como a professora Mizuho de Onegai Teacher. Parte dessa influência em animês e mangás deve-se ao fato que Pocky também está presente ao dia-a-dia dos próprios japoneses. Pocky é uma sobremesa parecida com o nosso “Bis”, já que é sempre impossível comer só um.


Recentemente, viajei para o Japão, e pude ver um pouco da estratégia de marketing dessa sobremesa japonesa. Principalmente em torno da 50º Princesa Pocky, a Shiori Kutsuna, que está presente em todos os lugares. Para se ter uma idéia, num dia que estive por Shibuya, nos telões instalados próximo ao maior cruzamento de pessoas do mundo, o comercial do Pocky “pingava” de um telão para o outro.

Vale destacar aqui, que além da dança famosa de Shiori Kutsuna, nesse comercial, também temos a canção Oshare Banchou feat Soy Sauce produzida pelo grupo Orange Range. O grupo é conhecido pela abertura do animê Bleach,a Asterisk, como também com a abertura do dorama Hanakimi, Ikenai Taiyō. Atualmente o grupo produziu dois sucessos consecutivos, sendo um, o tema do Pocky e o outro com a música O2 do animê Code Geass: Lelouch of the Rebellion R2.

O que é Pocky?

Essa sobremesa são palitos de biscoito com uma cobertura de chocolate. São encontrados em diversos países, como: Estados Unidos, Reino Unido, China, Canadá, e em toda Ásia e Europa. Em alguns países, o Pocky acaba sofrendo adaptações em seu nome, como na Malásia que se chama Rocky, já a palavra Pocky é vulgar no país, na Europa é conhecido como Mikado por causa de um jogo lançado por lá.

Mesmo sendo mais conhecido por seu sabor chocolate, Pocky pode ser encontrado em diversos sabores como: leite, mousse, chá verde, mel, banana, morango e coco. Sendo que os mais populares são o tradicional de chocolate e o de morango, que começaram a ser produzido respectivamente em 1971 e 1977.

Pocky é produzido pela companhia Ezaki Glico, sendo também conhecida pelo famoso “salgadinho” Pretz, que tem o mesmo conceito do Pocky, mas salgado, sendo baseado em Pretzel.

As Princesas Pocky

Como já comentamos a Shiori Kutsuna é a atual princesa Pocky como também a 50º princesa. Dessas cinqüenta princesas, já tivemos desde Aya Matsuura, como o grupo Morning Musume, como garotas propagandas de Pocky.

Sempre tendo campanhas de alto astral e bom humor, uma das Princesas Pocky que se destacou foi à atriz Satomi Ishihara. Para quem não se lembra dela, ela é a Haruka Koga do dorama H2 ~ Kimi to Itahibi. Quando protagonizou as campanhas da Pocky, ela sempre fez cenas, aonde beijaria seu namorado pela primeira vez e é interrompida. Numa das vezes, é sua mãe que traz Pocky no seu quarto, na outra, se escondendo entre dois barcos, o casal de namorados recria a cena de A dama e o vagabundo, mas invés do macarrão, os dois dividem um pocky, sendo nessa interrompidos por um pescador.

Quem figurou por grande tempo, como Princesas Pocky, foi o grupo Morning Musume. Participando de varias campanhas, o grupo foi responsável principalmente em difundir outros sabores dessa sobremesa. Muitas vezes, apresentando-os ao público, como sabor mousse, chocolate branco e o sabor Men´s que é com chocolate amargo. Vale uma nota, que segundo pesquisas da Glico, esse doce foi desenvolvido porque o homem médio japonês não gosta de doces muito doces, assim substituíram o tradicional chocolate, por um menos adocicado.

Pocky Street, a atual campanha da Pocky

Tendo como garota propaganda a Shiori Kutsuna,vamos falar um pouco dessa campanha que é uma verdadeira febre no Japão.

Para quem não conhece, Shiori Kutsuna nasceu em Sidney, na Austrália, em 22 de dezembro de 1992. Sua estréia na televisão veio com a oitava temporada de 3 nen B gumi Kinpachi Sensei, uma serie que passa na televisão japonesa desde 1979. Seu grande debut veio com a marca Pocky, sendo a garota propaganda, como também a narradora do dorama Pocky 4 Sisters, que é sobre 4 irmãs que comem Pocky e falam sobre seus problemas, trabalho e vida, sendo que comendo Pocky e conversando que elas conseguem ver as soluções dos seus problemas.

Atualmente, Shiori depois de seu debut, tem chamado bastante atenção da mídia, graças a sua atuação no dorama Mei-chan no Shitsuji que está em exibição na Fuji TV.
Voltando sobre a campanha da Pocky, Shiori Kutsuna está substituindo Yui Aragaki, sendo que com sua dança e energia cativou a todos. A própria Pocky, disponibilizou em seu site, todo o ensaio da jovem atriz, para decorar a dança animada que ela faz no comercial.

O sucesso foi tanto, que a campanha continua agora já no terceiro comercial, sem mencionar os institucionais e promoções que a jovem atriz aparece estampando seu rosto. A própria Glico fez uma promoção aonde você envia seu vídeo, imitando a dança da Kutsuna. E só perceber que desde crianças e adultos, se contagiaram com a dança dela enviando vídeos a Glico, sendo disponibilizados no site da empresa.

Orange Range e a Pocky

Não é a primeira vez que a Pocky tem como tema de seu comercial uma música do grupo Orange Range. Em 2006, o grupo participou com a canção DANCE2, na mesma época, eles produziram a canção Hello que foi usada pelo Disney Channel japonês.
Em 2008, o grupo voltou para a nova campanha da Pocky, com a música Oshare Banchou feat Soy Sauce. A campanha em si, estreou em outubro, sendo que seu single chegou nas lojas no mês seguinte, no dia 12 de novembro. O sucesso veio em números da Oricon, tornando o 17º mais vendido do mês de novembro.

No videoclipe, mais surpresas, já que mostra um cara perseguindo a Shiori Kutsuna. Com diversas participações especiais, principalmente de comediantes da televisão japonesa, essa produção abusa do bom humor. Sendo com certeza o auge do comercial, quando o cara desmaia e a própria Kutsuna e os demais vão ver se ele está bem, acordando e vendo o rosto dela, ele dança a coreografia dela do comercial do Pocky. Depois disso, diversas policiais aparecem e dançam atrás dele, a mesma coreografia, seguida da própria Kutsuna e os demais que estavam no local. Além de brincar com o comercial da Pocky, o videoclipe do Orange Range, divulgou ainda mais a marca, servindo de inspiração para o segundo comercial da campanha.

E Pocky tem no Brasil?

Para felicidade de alguns e tristeza de muitos, Pocky tem no Brasil, mas infelizmente apenas por importação. Diversos mercados de produtos japoneses importam o Pocky em diferentes sabores, sendo que a grande maioria se encontra no bairro da Liberdade, em São Paulo.
Se você não mora em São Paulo, tenta entrar em contato com as importadoras, encomendando ou peça para um amigo que freqüente o bairro japonês, lhe mande via correio.

Obs: Matéria originalmente escrita por mim e publicada na revista Neo Tokyo.

Japão: Última parada: Kyoto

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Última parada da viagem pelo Japão,chegamos finalmente em Kyoto. Numa quinta feira à tarde, estávamos no trem bala, passando por Osaka, e descendo na antiga capital do império japonês.


A cidade é belíssima, sendo um lugar que o antigo e o novo se encontram. Desde o primeiro pé na rua, vemos mulheres andando em trajes modernos, como também utilizando quimonos na rua. Aqui temos a rua das gueixas, o parque e cidade cenográfica da Toei, a matriz e sede da Nintendo, e uma enorme quantidade de templos que tornam Kyoto, a cidade mais interessante de todas. Para fãs de anime e mangá, tem o museu do mangá, como também é a cidade do deus do mangá, Osama Tezuka. A cidade respira Tezuka, tanto que uma das estações de trem por lá, o trem toca o tema de Astroboy, como aviso que fechará a porta do trem.

Sendo a última cidade da rota criada pelo Renato, Kyoto é uma cidade cara, tão cara, que podemos pensar que é mais cara que a própria Tóquio. Foi um desafio achar um hotel na cidade, sendo que acabamos optando por um que reproduzisse um ambiente antigo e tradicional japonês. Rimos muito, quando vimos o quarto, sendo um cenário tipicamente para filmes de horror nipônico como O Chamado (Ringu).


Essa é apenas uma amostra do que vem ai ao visitar Kyoto e esperem uma série de posts sobre a cidade, falando um pouco desse cidade que é uma obrigação conhecer. Até a próxima!

Japão: Um jantar especial em Hiroshima e Perdendo o passaporte

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O Jantar


Encontramos uma amiga do Renato que fez intercâmbio na Usp, aprendendo português no Brasil. Infelizmente não posso falar o nome dela, porque dias depois desse jantar, ela mandou uma mensagem ao Renato comentando que ela estava sendo seguida por um Stalker, assim não postasse foto dela, como não escrevesse o nome dela no meu blog.

Engraçado que os japoneses marcam um compromisso e chegam antes do horário. Quando você chega em ponto, na realidade você já esta atrasado e foi bem isso que aconteceu, quando chegamos em ponto na estação principal, na frente de uma fonte que ela estava.

Prestem atenção que tem um restaurante com o nome “Bom Dia” na foto das promoções dos restaurantes.

Fomos num bar perto dali, e foi engraçado, porque conversamos, rimos, e fizemos coisas de brasileiros, sendo que isso chamava atenção no local. Pedimos muitos pratos que nem sabia o que era, mas ia que ia. Tudo bem que no final, a conta deu perto de uns 8 mil ienes, sendo 2.350 ienes pra cada um. (uma facada)

Foi uma noite muito legal, que gostaria de repetir quando voltar ao Japão.
Detalhe importante que saindo do bar, eu e o Renato fomos para um konbini comprar lanche da madrugada. Eu comprei um onigiri gigante junto de uma fanta melon, já que o bar tem porções pequenas que mesmo sendo caras, não alimenta ninguém.

Perdendo o passaporte

Essa história é bem embaraçosa pra contar, mas me falaram que era fundamental comentar ela aqui no J-Wave, então ela vai se tornar parte oficial da viagem ao Japão.

Primeiro, voltaremos no tempo, no dia que eu vim de Nagasaki para Hiroshima, pois bem, chegando ao hotel de Hiroshima, a funcionária pediu o passaporte de ambos, diferente de Nagasaki. Quando abri a mala, só achei meu passaporte com visto americano, o meu com visto japonês havia sumido. Eu ficou branco, roxo e outras cores possíveis, sempre com o Renato tentando me acalmar, que deveríamos continuar a viagem.

Saímos pra jantar, e eu estava com cara de choro, e o Renato falando pra eu esquecer isso. Só que eu só pensava numa coisa “Como eu provo que sou eu?”. Os policiais sempre pedem pra ver o passaporte de estrangeiros no Japão, se eu fosse parado, estava perdido.

Fomos num posto policial, e o Renato me ajudou a explicar sobre a perda do passaporte a três policiais ali presentes. Todos tiraram uma da minha cara, primeiro pq meu nome tem 3 sobrenomes e segundo porque eu moro em São Paulo, cidade do time de mesmo nome. Alias, eles e o Renato só conversavam de futebol e eu lá nervoso escrevendo meu nome no documento comprovando a perda do passaporte. Fomos embora apenas com um número no bolso, e fiquei preocupado.

Naquela noite, fomos jantar quase meia noite, lembro que comi udon com kare, e na hora meu telefone tocou, era meus pais no Brasil. Ironicamente, eles estavam almoçando no restaurante Viena em São Paulo e queriam saber como estava a viagem no Japão. Eu fui com a cara e a coragem e contei a besteira que fiz e só ouvi do outro lado, minha mãe falando “ele está arrasado” pro meu pai. Expliquei pro meu pai o procedimento que havia feito e falei pra ficar relaxado (coisa que eu não estava). Meu pai disse que todos meus documentos iam ser escaniados e enviados por e-mail naquele dia ainda pro meu e-mail.

Voltando pro Toyoko Inn, a recepcionista deve ter visto minha cara de choro e veio toda preocupada. O Renato explicou pra ela, e ela ficou com pena de mim, desejando sorte pra que eu achasse.

Fomos pros computadores de uso aos hospedes do hotel e comecei a ligar pra embaixada brasileira em Tóquio, consulado em Nagoya e o consulado do Japão no Brasil. Bom, os dois primeiros caíram na secretária eletrônica, mesmo alegando que eram pra ser usado em casos extremos. No caso do consulado do Japão no Brasil, uma mulher me atendeu meio equivocada, até com certo desdém, chegando questionar se eu não tava fazendo nada errado no Japão, como trabalho e por isso “perdi” o passaporte. Foi uma conversa de uns 15 minutos, onde ela foi falar com o cônsul, sendo que no fim, eles não podiam me ajudar, apenas se um parente no Brasil emitisse o passaporte e passasse por eles, pra me mandar no Japão. Ela também explicou que nesses casos posso ter uma carta especial emitida pelo governo japonês que seria usada como passaporte pra eu voltar pro Brasil.

No dia seguinte, fomos à estação central de Hiroshima, explicar a perda de passaporte e foi impressionante, como as funcionárias da JR nos trataram bem. Ligaram pra Nagasaki, pra Beppu, inclusive pra Onsen que fomos em Beppu, tudo em busca do meu passaporte. Elas passaram um número da embaixada brasileira, conversei com uma moça que disse que não poderia me ajudar, apenas indo pro consulado. Agradecemos a gentileza das funcionárias do JR que pararam tudo que estavam fazendo pra olhar em paginas amarelas e telefones na internet, pra nos ajudar.

Depois disso, fomos aos achados e perdidos de Hiroshima, em busca do passaporte. Naquela hora, tinha um garoto colegial explicando que tinha perdido a carteira e a mesma estava lá. Expliquei e 2 senhores, pararam tudo que estavam fazendo pra nos ajudar.

Muitos falaram que era melhor cancelar o passaporte e pedir outro no consulado brasileiro, porém estava com medo que não desse tempo e teria que mudar meu vôo para conseguir obter.

Decidimos ir à delegacia central de Hiroshima, por sugestão do senhor dos Achados e Perdidos. Assim andamos por Hiroshima, e chegamos a pedir ajuda pra uma senhora num Konbini que deixou o lugar vazio pra nos indicar aonde era.

Estou explicando tudo isso, para entender como é a generosidade japonesa, e que os japoneses nessa hora se provaram ser mais solícitos do que os brasileiros. Todos eles sem exceção falavam que os japoneses não fariam mal com meu passaporte e caso fosse encontrado, a polícia encaminharia pra mim. Por lado, sentia me mal incomodar eles, e ter perdido passaporte, mas na verdade eu também fiquei feliz ao ver que o povo que eu mais admiro no mundo, estavam fazendo tudo que era possível pra me ajudar.

Chegando à delegacia central, o cenário parecia Police Story do Jackie Chan, sendo antigo, mas ao mesmo tempo organizado. Renato me ajudou, a traduzir pra japonês, meu depoimento de perda de passaporte e retirei o boletim de ocorrência do meu passaporte, como também passamos dados para nos encontrarem.

Fomos numa loja de departamento aonde compramos uma pasta pra não acontecer nada com o boletim de ocorrência, já que este seria usado para emitir um passaporte ou o visto especial pra perda de passaporte.

Acabamos perdendo o trem bala pra ir a Osaka, assim dormimos mais uma noite em Toyoko Inn. No dia seguinte, já na estação central, rumo a Osaka, o celular do Renato toca, falando que acharam meu passaporte no Coin Locker em Beppu. Pegamos dois trens direto pra lá e pegamos o passaporte. Almoçamos e voltamos pro trem bala rumo a Osaka/Kyoto.

Foi inacreditável, mas eu achei meu passaporte, graças a ajuda do Renato e do pessoal da JR, como também da policia japonesa. Agradeço profundamente e sei que isso nunca aconteceria no Brasil, por sermos muito diferentes.

Lembro do rosto do policial em Beppu ao entregar o passaporte, até meio animado, parece que foi uma história e tanto para eles.

Assim acabou o problema que durou três dias, e continuamos nossa viagem rumo a Kyoto.

Infelizmente por causa do passaporte, tivemos que riscar da nossa rota, a cidade de Osaka, vendo apenas do terminal a própria.

Essa história é algo embaraçoso, mas que ao mesmo tempo, mostrou pra mim e para o Renato, como é a generosidade japonesa. Infelizmente, algo que mesmo existindo no Brasil, depende muito do caráter da pessoa.

Japão: Museu e Memorial da Paz de Hiroshima

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Chegando a Hiroshima, nos hospedamos no Toyoko Inn próximo a estação principal da cidade. No dia seguinte, deixamos as malas no Coin locker da estação e pegamos um Higaren Streetcar para o Memorial da Paz de Hiroshima.


Era um dia ensolarado, e Hiroshima por estar mais próximo de Tokyo, já tinha condições climáticas bem diferentes das de Beppu e Nagasaki.

Descendo no Memorial da Paz de Hiroshima, vimos diversos monumentos construídos em memória da bomba atômica. Um dos que me chamou mais atenção foi construído para garota Sadako Sasaki que lutou contra a doença causada pela bomba, fazendo mil tsurus (origami) para que realizasse o seu pedido.


A Cúpula de Genbaku, ou propriamente o Memorial da Paz de Hiroshima é algo que impressiona. Sempre visto em livros, a sensação de ver ao vivo é como assistir a história sendo escrita na sua frente. Este é o único imóvel de pé próximo ao hipocentro, e foi deixado exatamente como ficou depois da bomba. Vale mencionar uma pequena curiosidade, que talvez vá estragar quem deseja ir lá um dia. A Cúpula é sustentada por varias vigas de metal dentro da estrutura original, sendo visíveis mesmo do lado externo do muro que separa o lugar da praça, assim sendo a explicação lógica para o lugar nunca ter desabado depois de tantos anos.

Saindo da Cúpula, fomos pra praça, aonde encontramos duas universitárias que tentaram conversar em inglês comigo e o Renato. Elas queriam que preenchêssemos um questionário em inglês, sobre o que achamos da cidade e o que nós estrangeiros, temos interesse ao visitar a cidade. Elas foram muito simpáticas e queriam fazer uma saudação em português, porém não imaginavam que eu e o Renato sabíamos conversar em japonês, e ficaram surpresas quando explicamos em japonês o que elas queriam falar em português. Rimos, posamos em algumas fotos, e foi uma recepção bem calorosa da cidade para a gente.


De lá, fomos para o Museu do Memorial da Paz de Hiroshima. O museu fica em dois prédios construídos interligados por uma ponte que reproduz a cidade exatamente como ela ficou após a bomba ter atingido a cidade.


Na entrada do museu, temos a opção de alugar um portátil com fones de ouvido com suporte a diversos idiomas, inclusive o Português do Brasil. É uma grande honra, ver que o museu oferece não só suporte com fones de ouvido, como todos os computadores por todo museu também oferecem suporte ao nosso idioma. Assim,visitar o museu de Hiroshima é ainda mais emocionante.


Diferente do museu de Nagasaki, aqui é permitido tirar fotos do interior do museu. Eles não só querem que sintam o que aconteceu com a cidade, como também devemos levar essa mensagem para outras pessoas. E é justamente isso que eu, como muitos, fazem ao visitar o museu.


O museu segue uma estrutura mais tradicional, tendo enormes murais com fotos da devastação da cidade, além de pessoas doentes pela bomba. Conhecemos a história de diversas pessoas que morreram nesse dia fatídico.


Somos apresentados a duas maquetes da cidade, uma antes de ser atingida pela bomba e outra logo depois de ter sido atingida. Surpreende o poder de destruição ao analisar e comparar as duas maquetes.



O que impressiona foi um triciclo enferrujado e sua história. A história de um garoto morto pela bomba, o triciclo era a única paixão do garoto, e está foi enterrada no jardim da casa da família, a fim de ser a ultima lembrança viva dele. Uns bons anos depois, o brinquedo foi desenterrado, e doado ao museu, sendo uma história que deveria ser passada pra outras pessoas, de amor de um pai por seu filho e como ele tentou superar a dor, tentando o esquecer ao enterrar aquele brinquedo em sua casa.


Acreditem, muitas histórias tristes são contadas aqui. Algumas chegam arrepiar, como pais que guardavam cabelo de seus filhos, encontrados em cadáveres, ou pior, os fios de cabelo caiam de filhos atingidos pela bomba. Estes tinham efeitos colaterais, como manchas, e perda de cabelo, morrendo de forma inesperada e gradativa.


Uma dessas histórias é a da garota de mil tsurus, a Sadako Sasaki que inspira pessoas até hoje, a ter pedidos impossíveis. Recentemente, uma novela japonesa fez uma referência de grande importância nessa história. O filipino Bito, interpretado por Matsumoto Jun, na produção Smile, estava preso após assassinar um antigo amigo que voltou para atazanar sua vida. Nos capítulos finais, o personagem é condenado a morte, e a série pula 6 anos, onde Bito aceita sua morte, e ao mesmo tempo faz mil tsurus para mandar para sua amada. Sorte do destino ou não, no milésimo tsuru, Bito às vésperas do corredor da morte é salvo, com novas provas e um novo julgamento mais justo. Hoje, o mundo inteiro manda tsurus pra Hiroshima, em homenagem a Sadako, mas também, para conseguir a realização de pedidos impossíveis.


A Estátua das Crianças da Bomba Atômica não foi só uma homenagem a Sadako, mas todas as crianças que morreram por causa daquele crime. Quando Sadako faleceu, ela ainda não tinha concluído os mil tsurus, mas seus amigos decidiram lutar com ela e terminaram os mil tsurus para seu enterro. Além disso, todos eles se juntaram e pediram ajuda de outras escolas da região, para juntar dinheiro e construírem esse monumento. O resultado é a Estátua das Crianças da Bomba Atômica, sendo um monumento lindíssimo, aonde são deixados tsurus do mundo inteiro. Conhecemos a história de Sadako não só no museu, mas no próprio monumento construído perto do Hipocentro, sendo uma lição de moral e um exemplo a ser seguido.


Voltando ao museu, a ponte entre os dois prédios, nos surpreende, com um cenário de caos e diversos bonecos deformados, como se estivessem pegando fogo, simbolizando as pessoas daquele dia. Reconhecemos pedaços da cidade, reproduzidas no museu em chamas, dando certa agonia passar por ali.


Uma das coisas que mais impressiona é uma parede com cartas importantes protestando o uso da bomba atômica. Para se ter uma noção, tem uma carta do Albert Einstein protestando o uso da bomba, mesmo que ele tenha sido um dos criadores indiretamente com o projeto Manhattan.

Somos apresentados a bomba Little Boy, lançada em Hiroshima. Lembrando que a bomba lançada em Nagasaki se chama Fat Man. Nessa época, na segunda guerra mundial, Kyoto chegou a ser considerada uma das cidades alvos das bombas desenvolvidas pelos americanos. Para se ter uma idéia, o plano era 4 cidades, sendo 8 cidades sondadas pra ser alvo delas. Tóquio era uma das cidades que inicialmente seria bombardeada com a bomba atômica, porém no fim restaram apenas Kyoto, Hiroshima e Nagasaki.

Devemos agradecer que Kyoto não foi atingido pela bomba, já que seria um dano irreversível para a história do Japão. Antiga capital do império, Kyoto tem mais de 3 mil anos pra contar, com seus templos e arquitetura.

No fim, temos acesso a itens utilizados na época, como dinheiro, garrafas, bentos entre outros itens pessoais. Temos acesso uma série de mini documentários legendados em inglês sobre os efeitos da bomba.

Na saída, tem algumas lojinhas para comprar itens que nos lembre da cidade.
De lá, voltamos para o parque memorial da paz, aonde fomos à Chama da Paz, que ficara acessa até o dia que não existir mais bombas atômicas no planeta.
Também próximo do museu, encontramos o Sino da Paz, aonde é comemorando todos os anos, pelo prefeito da cidade, a homenagem há esse dia fatídico.

Ali também tem as Portas da Paz, que são cinco portas escritas a palavra paz em diversos idiomas.

É um passeio obrigatório para quem visita o Japão pela primeira vez, sendo belíssimo e esclarecedor, sobre fatos de uma guerra que não é lá bem aprofundada pelos livros de história.

Próximo post é sobre perder o passaporte no Japão e também indo sair pra jantar com uma jovem japonesa que aprendeu português e já fez intercâmbio no Brasil. Até lá.

Japão: Chegando em Hiroshima

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Depois de Nagasaki, fomos para Hiroshima pegando o trem Sonic, seguido de um trem bala para Hiroshima. Vale mencionar aqui, que é impressionante como no Japão as pessoas se encontram, e tanto em Nagano, como Hiroshima, encontramos alguns americanos e franceses que já tínhamos nos esbarrado em Tokyo. Provavelmente, eles estavam fazendo a mesma coisa que a gente, que era viajar pelo Japão todo, com Japan Rail Pass. Portanto, essa questão de viajar pelo Japão de trem bala é uma coisa normal e natural pra qualquer turista que esteja indo conhecer o país.


Para o Renato, Hiroshima é uma cidade que parece São Paulo, sinceramente existem alguns lugares que parecem, mas discordo um pouco dele. A cidade lembra São Paulo principalmente pela questão do clima meio chuvoso, mas em compensação tem uma arquitetura belíssima e um dos grandes destaques é o transporte público que é um trem batizado por a gente de “bondinho”.

Diferente da cidade de Nagasaki, Hiroshima não tem vestígios da bomba atômica. Com a exceção da Cúpula da Bomba Atômica, que se tornou o símbolo da cidade. Alguns dizem que Hiroshima acaba se tornando uma cidade com uma atmosfera menos densa, por causa disso, mas Nagasaki já não era assim. Verdade seja dita, o museu de Hiroshima, mesmo sendo impressionante, ele não impressiona tanto como o de Nagasaki.

Hiroshima


Fundada em 1589, no mar interino de Seno por Mori Terumoto, que a transformou em capital, após este ter saído do castelo de Koriyama, da província de Aki. O castelo de Hiroshima foi construído rapidamente e Terumoto mudou-se para lá em 1593.

Na batalha de Sekigahara foi uma guerra com uma renovação de poder político, após diversas manifestações e invasões como a da Coréia no Japão. Essa guerra têm diversas figuras, conhecidas, como Miyamoto Musashi que estava entre as fileiras do exercito Ukita Hideie. Nessa época, o samurai que ficaria para os livros de história tinha apenas 17 anos, e escapou ileso da forças inimigas que derrotaram o exercito de Hideie.

O vencedor dessa guerra foi o Ieyasu Tokogawa que tirou a província de Aki das mãos de Terumoto Mori, passando para o daimyo Masanori Fukushima, que havia apoiado Tokugawa no conflito.

Em 1619, Asano Nagaakira passou a ser dono do castelo, como também a ser chamado de damyo Asano, sendo com ele e seus descendentes que a cidade finalmente entrou num período de paz e prosperidade, crescendo e desenvolvendo economicamente.
Essa forma de governo só se alterou com a Era Meiji, no século XIX.

Era moderna

Hiroshima foi capital do domínio de Hiroshima no período Edo, tendo fim em 1871. Os domínios feudais administrados por daimyo eram assim chamados de Han e foram abolidos com a Restauração da Era Meiji. Tendo o fim dessa divisão administrativa, a cidade de Hiroshima se tornou a capital da província de Hiroshima.

A cidade transformou num importante centro urbano, com a transição da economia japonesa, que migrava das zonas rurais para urbanos industriais.

Em 1880, foi construído o porto Ujina, transformando Hiroshima, numa importante cidade portuária.

Outro grande desenvolvimento que veio para cidade foi com a extensão da linha Sanyo Ferroviária. Surgiu em 1888, em Kobe, sendo em 1894, construída a extensão sobre o mar interino de Seto, entre Kobe e Hiroshima. Essa foi a primeira linha ferroviária no Japão, funcionando a vapor.

Esse desenvolvimento custou caro, já que transporte foi usado para transportar militares, para guerra Sino-Japonesa entre 1894 a 1895. Conflito entre o império Qing na China e o império Meiji no Japão, sobre o domínio da Coréia, que ainda teve suas conseqüências na sociedade desses três países. Sendo que sua conclusão foi à independência da Coréia, a China saiu derrotada, assinando um tratado que abriu as relações comerciais entre o Japão e a China.

2º Guerra Mundial

A cidade foi utilizada como centro-chave da navegação, como também foi utilizada como depósito militar. Hiroshima não sofreu ataques aéreos, como Tokyo e outras cidades japonesas, que passaram de 200 mil mortes.

Para se ter uma idéia desses ataques, a cidade de Toyama foi completamente destruída, tendo a morte de 128 mil pessoas, em sua maioria de civis. A cidade de Tokyo com esses ataques teve 90 mil mortes.

A estratégia militar utilizada em Hiroshima, era demolir as casas e criar barreiras. As pessoas que demoliam as casas eram pessoas comuns, como estudantes, donas de casa, enquanto a guerra acontecia em outras regiões no Japão.

Em 6 de agosto de 1945, às 08:05 da manhã, a cidade ataque por parte dos americanos, com uma bomba atômica. Chamada de “Litle Boy”, a bomba matou imediatamente 80 mil pessoas, tornando famosa por essa tragédia. Os efeitos da radiação acabaram totalizando 140 mil mortes, através dos anos.

Hiroshima teve 69% das estruturas da cidade completamente destruídas, sendo 6,6% das demais em péssima situação. Pessoas se desintegraram, sobrando apenas marcas no chão das pessoas ali presentes.

Em 17 de setembro, a cidade foi atingida pelo tufão Makurazaki, que acabou matando 3 mil pessoas, devastando ainda mais a cidade. Destruindo pontes, estradas e ferrovias.

A cidade foi reconstruída com ajuda do governo nacional, com a lei do Memorial da paz de Hiroshima – Cidade da Reconstrução, aprovada em 1949. O governo doou terras que foram usadas no passado para fins militares, como também financeiramente para a reconstrução da cidade que não esqueceria danos causados pela guerra.

Hiroshima Atual


Um dos símbolos da culinária de Hiroshima é okonomiyaki, que alguns chamam de pizza japonesa, feita na chapa. Prato que pode ser encontrado no Brasil, além de estar presente em diversas produções nipônicas.

Outro grande destaque da cidade é Hidaren Streetcar, que pode ser chamado de bondinho. Implantados na cidade em 1910, os Hidaren Streetcar existiam em diversas cidades japonesas, sendo nos anos 80 que eles foram aposentados, sendo substituídos por trens e metros. Porém, os gastos em Hiroshima, para construção de trem e metro eram muito caros, assim optaram manter os bondinhos. Resultado, hoje é um dos charmes da cidade, andar num Hidaren Streetcar, sendo que alguns imitam os modelos da época, e outros seguem o modelo mais recente. São rápidos e eficazes, sendo uma solução interessante e barata para as grandes cidades.

Japão: Próxima parada, Hiroshima!

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Brincando de próximo capítulo, essa postagem vai mostrar algumas coisas que estão por vir na próxima parada.

Eu sei que Nagasaki ficou longo demais, mas foi um mal necessário, já que tudo que fomos, tem uma certa história, por isso, espero que gostem da próxima parada.

Acabamos ficando 2 dias em Hiroshima por causa que perdi o passaporte, e tivemos que fazer bolhetim de ocorrência, como também ligar pra todos os lugares que nós estivemos. Por fim, a polícia ligou no celular do Renato, avisando que o passaporte estava em Beppu e aí tudo resolvido. Eu devo retomar a história do passaporte mais pra frente, com mais detalhes de como foi isso e principalmente explicar pra polícia isso.

Nas fotos, estou tomando o suco COO, que você imagina como se fala. Escrito em hiragana くo suco gera a famosa piada: “Se você vai tomar COO?”. A bebida é produzida pela Coca Cola, sendo vendida em tudo que é lugar. A primeira vez que ouvi isso foi no Mc Donalds de Hekinan quando eu e o Minoru fomos e ele fez essa piada comigo.

Encontramos uma amiga do Renato que estudou português no Brasil, saímos pra jantar, sendo uma noite de muita risada.

Também tem as duas universitárias que pararam a gente logo no dia seguinte, quando estamos andando por Hiroshima, nos fazendo uma pesquisa sobre o que achamos da cidade.

Resumindo, Hiroshima é uma cidade interessante, belíssima, cheia de mulheres, e com muita coisa pra contar. Espero que goste das próximas postagens por aqui sobre essa cidade.