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domingo, abril 27, 2025

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A História das músicas dos Animes – parte 3

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A entrada do Hard Rock 

 

Os anos 80 é lembrado até hoje por muitas coisas, e não dá pra não esquecer que foi nele que 

teve uma segunda invasão de séries nipônicas no Brasil, como Jaspion, Changeman, Dolbuck, Doraemon, Candy Candy, Rosa de Versalhes entre tantos outros. Lembrando que as séries Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya, no original) e Dragon Ball, mesmo tendo sido produzidos nos 

anos 80, só chegariam ao Brasil nos anos 90, sendo ícones até hoje em dia na televisão brasileira.   

       

 Casos como as séries Changeman e Cavaleiros do Zodíaco, ficam nítidas a influência do rock nas anime songs e essa influência vem do mercado musical dos anos 80 que ganharam outras direções com gêneros rock e new music (que seria chamado de jpop mais tarde) fazendo sucesso no Japão. Esse tipo de musica veio do reflexo neo-americano das décadas anteriores, assim a influência da música ocidental, fez uma repetição dentro do próprio país, criando uma música exatamente igual ao que havia lá fora. O sucesso desses novos gêneros que formaram jrock e jpop nos anos posteriores, veio a mistura dessas influências ao modo japonês, nascendo músicas que tem frases em inglês misturadas com o idioma japonês e com estilo totalmente próprio e pessoal.

Sinais da mudança na forma de fazer anime songs, veio em 1984 com o anime Hokuto no Ken, com o Crystal King. A música Ai wo Torimodose era um exemplo do que estava por vir nessa nova década.     

Entre as pessoas que fez sucesso nessa década, no gênero anime songs, foram os cantores Hironobu Kageyama e Nobuo Yamada. Ambos vindo do gênero hard rock, fizeram fama no gênero de anime songs, sendo que o total destaque da década, realmente vai para Hironobu Kageyama, que tendo uma carreira solo recente, após o fim do grupo LAZY, gravou temas de grande sucesso em vários animes, como Chou Jikuu Kidan Southern Cross, Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco. Na área de Live action, o cantor se consagrou com o Esquadrão Relâmpago Changeman (Dengeki Sentai Changeman, no original), sendo que no ano seguinte ele retornaria na série Defensores da Luz Maskman (Hikari Sentai Maskman, no original). Nessa época, o cantor assinava suas musicas com o pseudônimo de KAGE.

            A grande consagração pessoal do cantor Hironobu Kageyama veio com a música Chala Head Chala, primeira abertura de Dragon Ball Z, em 1989. Na época, grande fã do manga de Akira Toryama (publicado no Brasil pela editora Conrad), Kageyama sonhava em cantar o tema de abertura de Dragon Ball, mas perdeu a vaga para o cantor Hiroki Takahashi. O sonho só virou realidade, quando no anime começou a segunda fase, intitulada Dragon Ball Z, o sucesso de Chala Head Chala, percorreu o mundo, ganhando versões aonde a animação era exibida, ganhando inclusive versão brasileira pela Álamo, entre outros estúdios que fizeram versões próprias, quando assumiu filmes da série que não foram dublados no estúdio principal.

            Outro grande ícone em termos de música de animes, produzida nos anos 80, é a famosa Pegasus Fantasy, de Cavaleiros do Zodíaco, produzida pelo grupo Make Up, vindo também do rock, foi o grupo tem no vocal Nobuo Yamada, que assinava com pseudônimo de Nob, tornou-se conhecida entre os fãs de anime. Infelizmente no Brasil, por ter vindo uma versão de Cavaleiros do Zodíaco com trilha sonora alterada, só viemos conhecer oficialmente Pegasus Fantasy em versão em português, depois de seu relançamento para o canal Cartoon Network, aonde o cantor Edu Falaschi, do popular grupo Angra, assumiu o vocal dessa excelente adaptação.

            Um fato bastante curioso é que com o fim dos anos 80, as séries Jaspion e Changeman vieram ao Brasil, pela empresa Everest Vídeo (que depois alterou de nome para Tikara filmes e posteriormente fechando as portas), sendo exibidas pela extinta Rede Manchete. O sucesso inesperado das séries no Brasil fez uma geração cantar músicas em japonês, sem nunca ter tido contato com o idioma. Atualmente, Kageyama entre outros cantores fazem shows no Brasil e essa mesma geração que hoje tem uma faixa entre 20 a 30 anos, participa de seus shows e sabe suas músicas de cor.

A História das músicas dos Animes parte 2

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O surgimento do rei das anime songs e a influência da música Enka

Passamos para os anos 70, época que começou para as primeiras grandes influências musicais desse gênero musical, com a entrada de artistas como Mojo, Ichiro Mizuki, Akira Kushida, Mitsuko Horie, Isao Sasaki entre tantos outros. Vale lembrar que entre eles, o que fez história para o gênero, foi o cantor Ichiro Mizuki, que cantou mais de 1.000 músicas para o gênero. Não é a toa que ele é chamado de Aniki, o rei das anime songs. Entre os clássicos que Ichiro Mizuki cantou, destaca-se: Mazinger Z, Koutetsu Jeeg, Combatller V, Lupin III, Captain Harlock, Babel 2 entre outros.

Outra grande influência musical para o gênero, foi a Enka, música tradicional japonesa. A música Enka é a antiga música popular japonesa, no qual você põe todo o seu sentimento ao cantar. Declamando o que você sente, em forma de protesto, confissão, ressentimento. Normalmente as cantoras de música Enka se apresentam, vestindo quimonos. Sendo a musica popular e tradicional do Japão, a música Enka, era referência para grandes cantores naquela época, não sendo a toa sua influencia tanto indireta como diretamente, gerando cantores especialistas nesse gênero musical que trouxeram essas características a anime songs, como Mojo e Mitsuko Horie. A música Enka acabou perdendo mercado dos anos 80 em diante, com a força de gêneros como rock ganhando força no Japão, além do surgimento do termo jpop, remetendo a músicas desde eletrônicas, hip-hop e baladas românticas.

Vale destacar que durante o governo de ocupação por parte dos americanos, após o fim da segunda guerra, também gerou influencia cultural dos EUA e do ocidente em geral no Japão, sendo uma delas na música, sendo refletida nas décadas seguintes. Nos anos 60, uma das influências foi o Carnabeats, que era bandas do estilo Beatles, enquanto na década anterior, a grande influência também estrangeira veio de música romântica, estiloao do cantor Elvis, sendo bastante imitada, tendo fãs até hoje na ativa, como Isao Sasaki. Para quem não o conhece, esse famoso cantor de anime songs e no Brasil, conhecido como Professor Nambara em Jaspion, faz cover do Elvis no Japão, vestindo até roupas que lembram o eterno rei do rock.

A História das músicas dos Animes – parte 1

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A trilha sonora quando criada para um filme ou uma série, muitas vezes é decisiva, tornando aquela série, inesquecível ou não. No Japão não é diferente, quando se fala em anime song ou com a contração de ambas as palavras, anisong, expressões usadas para se referir a músicas de anime.

Sendo Naruto, Dragon Ball Z ou Sawamu, a animação japonesa não é algo que deve exclusivamente a sua arte diferenciada do resto do mundo, mas a um processo de criação de diversas empresas, sendo gravadoras, estúdios de animação, emissoras, patrocinadores, agências, para a elaboração daquela série em especifico. Lógico que com os anos, a tendência só foi se tornar mais complexo o processo de criar uma série de sucesso, mas engana-se que hoje anime seja algo que deve ser apreciado apenas por fãs do gênero, principalmente formado por crianças e adolescentes, no ocidente exclusivamente falando. Uma coisa que vale ressaltar que as musicas de animes, como qualquer produção musical, sofre influências, por sua política, influências externas e mesmo de cantores que trazem consigo sua bagagem musical. No caso das anime songs exclusivamente falando, elas começaram como cantigas infantis, sendo que com o tempo acabaram tendo outras influências, tornando o que elas são atualmente.

Bravura e Heroísmo

             A música das produções de anime, principalmente nas décadas de 50 e 60, carregam em suas letras, toda um heroísmo, demonstrando toda uma proclamação de sentimentos em torno dos personagens daquele série.

              No Brasil, mesmo algumas canções tendo sido traduzidas, muitas mantiveram no original, e tanto animes como o gênero live action, o país foi invadido por produções nipônicas nessa época. Sendo National Kid, Ultraman, Super Dínamo, Sawawu, Princesa e o Cavaleiro entre outros clássicos que puderam ser assistidos em sua maioria na extinta TV TUPI, temos exemplos de canções que pareciam influenciadas principalmente de Cantigas infantis, e principalmente realizavam seu objetivo, fazendo muitos adultos saberem as letras daquelas músicas até hoje, mesmo tendo se passado vários anos. 

BIGBANG

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Todo mundo que dá uma mexida no meu ipod, ou dá uma olhada no last.fm, sabe que eu sempre ouço BIGBANG. Falando de Hip hop coreano, sabemos que a maioria dos artistas da Ásia, são pré fabricados, aonde anos de treinamento e ensaios são fundamentais pra o lançamento daquele artista. Isso aconteceu com a BoA, com Rain e até mesmo casos no Japão como grupo AAA e porque não falar de grupos como Morning Musume, e AKB48. Você pode até passar da audição, mas não significa que você terá folego pro treinamento pra ser um artista pop.

 Voltando sobre BIGBANG, eles foram escolhidos aos 12 anos de idade, em um documentário exibido em 13 de agosto de 2006.

 No dia 16 de agosto, duas faixas do seu primeiro single, foram disponibilizadas na internet. We belong Together (cover da Mariah Carey) e Nunmulbburin Babo, foi um sucesso instantâneo em seu lançamento.

Tivemos o primeiro single do grupo em 29 de agosto, com as canções: canções foram: Put Your Hands Up, We Belong Together,  A Fool With Only Tears e This Love.

 No mês seguinte ao do primeiro single, o grupo emendou com o single “Bigbang is V.I.P”.

 Lançado no dia 22 de dezembro de 2006, o primeiro álbum do grupo, veio no mesmo período que o grupo comemorava seus 6 meses de mercado. Reunindo alguns sucessos dos trabalhos anteriores, como: Ma Girl, La-La-La e This Love, o álbum também trouxe algumas canções inéditas como: She Can’t Get Enough, Dirty Cash e Big Boy. 

Em janeiro desse ano, BIGBANG seguiu os passos de outros cantores coreanos, como BoA, TohoShinki, Se7en, Rain, que foi lançar seus trabalhos no mercado nipônico. Não precisa dizer que o mercado musical japones só perde pros EUA, assim a coisa mais normal do mundo, são artistas da Ásia estrear no Japão e depois tentar um espaço nos EUA.

Lançado no dia 04 de janeiro de 2008, o grupo regravou seus sucessos em inglês, no primeiro álbum do grupo no Japão. Entre os sucessos que ganharam uma nova versão foram: VIP, LA LA LA, Lies, So Beautiful, BigBang, Together Forever e Always.

Em abril, o grupo lançou seu segundo trabalho, o With U. O álbum é extremamente viciante, sendo que algumas canções colam na cabeça como fosse chiclete, em especial:  Baby Baby, Shake it, This Love e a With U. 

O sucesso do grupo também é o seu marketing, para você ter uma ideia, eles fazem propaganda até de uniforme escolar na Coreia. BIGBANG com certeza é um grupo que mesmo com membros tão novos, espanta pela qualidade sonora e surpreeende pelo seu sucesso tão rápido.

 

 

Crystal Kay – Black Music à moda japonesa

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É bem verdade que Crystal Kay anda bem sumida, mesmo tendo participado ativamente em produções de grande divulgação como os filmes de Pokemon, mas com certeza as pessoas se apaixonaram pela voz dela na música Motherland, da série Full Metal Alchemist exibido por aqui pelo Animax e Rede Tv!.

O próprio Animax, ainda deu uma divulgação com seu bloco de clipes, ao exibir o clipe, Koi ni ochitara.

Perfil da Cantora

 Seu nome verdadeiro é Crystal Kay Williams e nasceu em 26 de fevereiro de 1986. Sendo japonesa de nascimento, seu pai é de origem americana e sua mãe de origem coreana.
A carreira musical veio em 1999 com o single Eternal Memories, mas o grande sucesso de Crystal Kay foi seu primeiro dueto com a dupla M-flo no qual geral dois singles em 2003. Os dois singles foram I LIKE IT (as Crystal Kay loves m-flo) e REEEWIND! (as m-flo loves Crystal Kay) (2003) que contém até músicas ao vivo de um show que o trio fez no Japão.

Na minha opinião, as melhores musicas da cantora nem são tanto as suas canções originais, mas as covers de classicos como Time after time (da Cindy Lauper) e Over to the rainbow (Mágico de Oz). Sua voz, trouxe um estilo totalmente soul a  música jpop, sendo essa mistura é muito bem vinda.

 

 

Aya Kamiki, a rainha do rock

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Um dos meus grandes vícios do momento são as músicas da Aya Kamiki. Viciado principalmente por Secret Code, Pierrot e Communication Break. Conheci ela por acaso, já que ela fez um dueto postumo com a cantora Izumi Sakai, do Zard.

 Ela nasceu em10 de setembro de 1985, em Sapporo, Hokkaido, no Japão. Cantora do selo Giza Studio, ela é reconhecida na região principalmente por sua voz.

 Aya é conhecida no Japão como a Avril Lavigne japonesa, mas convenhamos, ela até que tem o mesmo timbre da Avril e faz a cover até que muito bem.

Quando criança, as principais inspirações de Aya foram Diana Ross, Whitney Houston e Mariah Carey, e inspirou ela subir aos palcos, quando criança em shows na escola.

 O grande debut da cantora veio em 2006, quando ela estrelou pela gravadora Ginza, que é conhecida no mercado por ser “anti avex”.

 A minha musica favorita dela, Pierrot é uma cover do grupo B´z e foi lançada em abril de 2006. O single figurou o nono lugar da Oricon em vendas na sua semana de estreia.

 Secret Code ficou na quinta posição de mais vendidos na Oricon. Tendo uma música bem grudenta na cabeça, Secret Code conseguiu alguns marcos como ter uma musica usada em março como abertura do programa de tv Count Down TV, outra em Detetive Conan, com a canção “Mou Kimi Dake wo Hanashitari wa Shinai” e o encerramento do programa JAPAN COUNTDOWN.

 Pra mim o melhor trabalho de Aya, foi realmente o dueto com Zard, com o single Tsubasa o Hirogete/Ai wa Kurayami no Naka de. A faixa Ai wa Kurayami no Naka de, utilizada na vigésima segunda abertura de Detetive Conan, veio o dueto póstumo, entre Aya Kamiki e Izumi Sakai.

 O próximo lançamento da Aya sai dia 3 de dezembro com seu décimo single, Sekai-wa Soredemo Kawari-wa Shinai, que é o tema do jogo da produtora Sega, chamado 428 ~Fuusa Sareta Shibuya de.