23.9 C
Nova Iorque
segunda-feira, abril 28, 2025

Buy now

spot_img
Início Site Página 750

Japão: A primeira semana x fuso horario infeliz x e a vida é um animê

4

Confesso que meus primeiros 5 dias no Japão foram bem mornos. Foram entre aprender no horario corrreto e ficar passeando na cidade do Minoru, a Hekinan, que fica uma meia hora de Nagoya de trem.

Agora, uma parte polêmica da história é a primeira segunda feira no Japão. Eu colocando a cabeça na porta da varanda eu vi uma cena tirada de um animê.

Vi colegiais iguais os de desenhos japoneses, nas mesmas poses e fazendo coisas tipicamente de animes. A cena que eu vi, foi uma colegial atrasada, pedalando a bicicleta rapidamente isso umas 7 e tantas da manhã. Na hora veio a Serena/Usagi de Sailor Moon correndo pra escola com uma torrada na boca e ficando do lado de fora da sala.

Pode parecer besteira, mas até desci na rua pra conferir os estudantes indo na escola. Minha cabeça literalmente explodiu vendo todos correndo pra escola. O cenário, as pessoas correndo, os uniformes, tudo era irreal demais. Foi um tapa do tipo “acorda rapaz, vc ta no Japão” e foi exatamente isso que aconteceu. Não vou esconder que desde pequeno vejo desenho japones e cheguei a fazer coisas como comprar fitas de vhs de um amigo q arranjou das antigas locadoras piratas da liberdade de Sailor Moon Super S e Sailor Moon Stars.

Tenho amigos como Dimitri e Bernardo que tiveram a sorte de viverem o colegial japones. Eu gostaria muito de ter vivido essa chance, mas quando descobri q o Rotary Club enviava alunos pro Japão, eu não era mais colegial. Alias, o proprio Ricardo Cruz, jornalista, cantor do grupo Jam Project, tradutor e grande amigo, também foi a primeira vez no Japão, pelo Rotary Club.

Voltando a cidade, eu andava pela cidade e mirava a camera pra tudo que era lado, mas sempre quando tava vazia. O minoru pos medo em mim que se achassem q eu fosse terrorista, os japoneses iam me colocar no xilindro.

Um nos dias, eu jurei pra mim q ia pedir pra tirar foto com algum estudante indo pro colegio, e o Minoru disse “a hora é agora”. O nervosismo foi tanto que eu consegui esquecer a camera dentro de casa duas vezes, quando cheguei na rua, fiquei com vergonha. Em consequencia a isso, eu tava usando a camiseta do Coringa do filme Batman: O cavaleiro das trevas e uma porrada de garotos viram gritando algo parecido com: “JOKAR! JOKAR!”. Fiquei timido pacas e voltei com a cara da Derrota. Agora deixemos esse papo pra lá.

A primeira vez que fui num restaurante foi comer Kare no Coco House (Não vale rir do nome). Minoru explicou como era pra pedir, o numero da pimenta, quantas gramas de arroz, salada ou uma porçao extra. E bom, queria pedir logo o grau mais alto do Kare, mas Minoru me achou um louco e bom pedi o número 2. Quase morri, e pensei “Porra, se esse é o 2… O 10 é o que?”.

Alias, na mesma semana, fomos no mercado. Comprar papel higienico, frutas, sorvete e melon pan com gotas de chocolate. Descobri que no japao, a caixa é miguelona e te dá apenas uma Sacola, LITERALMENTE IMPOSSIVEL COLOCAR TUDO DENTRO.

No outro dia, fomos no Mc Donalds, provar o MEGA MAC, a versão japonesa especial de BIG MAC, com 4 andares de carne inves dos tradicionais dois andares da versão brasileira. Apanhei pacas pra pedir e o Minoru me ajudou. Descobri que no Japão se pede lanche pelo numero, mas o numero nao vem com batata frita e coca cola (por isso tem q evocar o “SETO” set complet0). Outra coisa que achei engraçado foi a sobremesa, era um sorvete com bolo, muito bom, mas a aparencia parecia um bolo q caiu no chão. Ai veio a surpresa do dia, no Mc donalds como em tudo no Japão, vc tem q separar o lixo, portanto como Minoru falava: ” a gente trabalha pro mc donalds”. Ai tinha um buraco pra colocar o gelo do copo, outro pra tampa e o canudo, por fim papel e papelao da embalagem do lanche.

Muitas noites, eu falava pro Minoru sair comigo de madrugada pra tirar fotos (assim eu aparecia nas fotos) e nao vou negar q devo ter enchido muito o saco do Minoru por causa disso. Nisso se passaram 5 dias, e a verdadeira aventura começaria, com Renato me esperando em Tokyo. Sexta feira, marcamos de nos encontrar em Tokyo, pra isso eu precisava pegar o trem bala de Nagoya pra Tokyo. Pq eu ia pra Tokyo? Primeiro pra conhecer a cidade, mas segundo pra ir no maior evento OTAKU que iria rolar naquele final de semana, justamente a festa de 40 anos da revista SHOUNEN JUMP, A JUMP FESTA. E, sim, eu fui.

Relaxa que as aventuras no Japão ainda nem começaram e por isso esperem o próximo capítulo na J-WAVE.

Japão: Primeiro dia

4


Continuando a aventura de conhecer o Japão, tudo começou saindo no aeroporto.

Entrando no carro do Fabio, fui pro lado errado, mesmo sabendo que no Japão se dirige do lado direito. Valeu né? Sei que tava anoitecendo quando cheguei em Nagoya e logo depois, achei estranho ver um GPS em primeira pessoa, estilo conter strike/ turok e etc.

Fomos jogar fliperama, assim me levaram num predio que era da Namco. Quando vi Tatsunoko X Capcom, Tekken 6 e Street Fighter IV, eu pirei. Fazia anos que eu nao jogava fliperama (mentira, alguns meses atrás, eu havia jogado Marvel X Capcom no fliperama e Time Crisis 2 tb). A verdade que eu pirei, pq fazia muito tempo q eu nao sentia aquilo que é pagar pau pra propria maquina de fliperama.

Decidi jogar Street Fighter IV, com cara de Noob, algum japones fdp sentou do outro lado pra me expulsar. Lembrando que estava em Nagoya, e aquele horario começa a se concentrar malandros no fliperama. De qualquer maneira, eu fui escorraçado do fliperama com porradas que me faz sentir vergonha de mim mesmo.
Joguei tatsunoko x capcom, ai FX entrou pra me desafiar, e perdi tb. Alias nesse dia eu perdi em todas as categorias possiveis.

Minoru me chamou pra eu jogar Taiko no tatsujin 12, e lá fomos nós. O filha da mãe colocou no modo Dificil, resumindo…. eu pareci um palhaço no fliperama.

O que quero deixar bem claro, é que nessas minhas primeiras horas no Japao, eu percebia uma coisa, eu sou ruim mesmo em videogame. Mas tem outra coisa, se tivemos no universo de Final Fantasy, eu seria nivel 1 enquanto eles seriam nivel 99.

De lá fomos para um restaurante de sushi, aquele com esteiras, aonde vc pega o prato do sushi q vc quer comer. Foi bem legal, conversamos sobre muitas coisas, mas lembro sobre a procedencia de bolo de chocolate. Falavamos que nunca é bom saber daonde vem a comida, senão nao comeriamos.

Saindo de lá, já era de madrugada e ai fomos pra um karaoke, que era point. Varias garotas prontas pra “balada”, mas na verdade tudo era um karaoke. De qualquer maneira, lá fomos nós, e ai reservamos uma sala. Todo mundo sabe q eu apanho de forma homerica em ler letras em japones no aparelho. Meu conhecimento de kanji é uma lastima e hiragana/katakana ler rapido sao uma proeza do ser humano divino. Resumindo… aquele papo de niveis…. NOOB.

Achei legal do karaoke que vc usava um controle com tela pra escolher a musica nele mesmo. Esquece as biblias da joysound, musica vc escolhe direto no controle remoto. Isso eu adorei mesmo.

Sei que pedi sorvete de creme com coca cola e foi uma noite bem legal. FX diz q eu capotei no carro no caminho de volta, bem q é verdade q eu acordei na garagem do predio do Minoru.

Foi um primeiro dia bem bacana e tenho saudades dessa sensação de novidade de quando cheguei no Japão.

As histórias da viagem continuam…

Um pouco sobre a mudança de comportamento do otaku ocidental e a cultura de massa nipônica

0

Estava conversando no orkut sobre a revista Neo Tokyo, aonde eu assino as colunas Play, Live Action e Curiosidades.

Bom, a conversa era sobre a mudança do foco da revista, deixando para segundo plano o animê e mangá e focando mais no dorama e jmusic.

Bom, achei que respondi meio exagerado, mas quero aproveitar e usar o mesmo pensamento aqui no blog. Logicamente que tenho alguns amigos, como FX, que mora no Japão que vai discordar comigo, sobre o quesito pirataria, mas tudo bem.

Vamos ao o que eu escrevi lá:

“A revista mudou seu foco, pq o público mudou o foco. O público abraçou a jmusic, como doramas, como categorias complementares ao animê e mangá e por isso se é pra se falar mais desses gêneros, que venham.

Logico que a edição atual talvez seja uma coicidencia de materias de jmusic, já que escrevi a materia de Naruto de trilha sonora e a da banda D. Além disso a radio animix colaborou na revista com a materia do Toshi. Isso foi uma coicidencia de assuntos abordados tornando a edição focada em jmusic.

Sobre doramas, assinei a Dragon Zakura dessa edição e assinei a de tokusatu, Zyuranger. Acho que dorama conquistou seu espaço e lhe garanto, esse ano será o ano do Tokusatsu na Neo Tokyo. Muitas matérias já foram entregues por minha pessoa, pra o editor da revista.

Sobre o subtitulo da revista, sim, ela foi a revista que se dedicava animê e mangá, sendo que hoje está mudando o foco.

Do mesmo jeito que a revista mudou colocando Naruto na capa, pq o leitor compra se tem o Naruto na capa, hj a jmusic com tantos shows pelo Brasil, ganhou seu público fiel e tb presente na revista.

Logicamente é uma interpretação pessoal, como colaborador da NT, e não a resposta oficial da Escala/revista/editor e assim por diante.

O que percebo q a revista tirou seus reviews de anime e manga, optando por matérias grandes. Não sei se isso é bom ou ruim, mas sinceramente gosto de ler materias mais detalhadas sobre xis assunto.

Ai que eu te falo, a maioria dos doramas sao baseados em mangas, portanto continuam na mesma categoria. A maioria dos doramas que foram falados na revista sao baseados em shoujos, ou fazem referencia a cultura otaku, como Densha Otoku.

Fomos a primeira revista a abrir espaço para os doramas, começamos com Trick e Densha Otoku na edição 13, sendo que em sua grande maioria, todos os doramas que abordamos, como Hana Yori Dango, Hanakimi e Dragon Zakura (dessa edição inclusive) foram inspirados em seus respectivos mangas.

Recentemente fui convidado a dar uma palestra em São Paulo para um público diferente do nosso já que foi pro Rotary de São Paulo. A palestra foi por causa da minha viagem ao Japão e um exemplo q eu utilizei na mesma foi o seguinte. Imaginem o Wikipedia, em seguida, imaginem que os jovens que cresceram com Cavaleiros do Zodiaco e Dragon Ball, hj tem acesso a desenhos, com diferenças de menos de 24 horas em exibição no Japão graças a internet. Agora, imaginem que esse mesmo jovem, pesquisa sobre o cantor e descobre que ele tb atua como ator em novelas (doramas), e assim por diante. Hj o perfil do publico fã de anime e manga mudou graças a internet.

Como publicitario, falo que somos o publico secundário, terciario, de música japonesa e doramas. Somos o mesmo publico que numa comparação, lê a revista Caras no cabelereiro. Não somos o comprador da revista, mas mesmo assim temos acesso a seus anuncios. Graças a internet, somos um publico que originalmente nao eramos os target dos japoneses, mas até eles sabem que somos usuarios e que com isso o mercado dele foi afetado, ou melhor expandido. Cases como Naruto estão ai pra provar que a internet foi o grande empurrão da série e não estrategias de marketing em torno da mesma.

Talvez por isso, sites como legendas.tv briguem com APCM sobre o que é pirataria e liberdade de expressão. No momento que se tomam medidas de fechar sites de legendas e fansubs por ai, fecham nossos olhos e nossas bocas pra a liberdade em acesso de conteudo digital.
Nao defendo a pirataria pq ela está errada, mas graças a fansubs, muitas séries se popularizaram entre os otakus antes mesmo delas serem adquiridas no Brasil. Um exemplo claro que Evangelion foi o primeiro case assim, o fansub BAC na epoca, especulavam q tinha vendido mais de 3000 copias da série, isso há quase dez anos atrás. Na mesma epoca, a serie foi comprada pela emissora Locomotion, fazendo um grande sucesso por aqui.
Então o perfil do jovem hj é pesquisar, descobrir e ter acesso a um mundo totalmente desconhecido pelos empresarios brasileiros.
Na palestra, o amigo Renato Siqueira, comentou que se de repente a china tivesse virado moda na televisao dos anos 90 pra cá, hj estariamos pesquisando sobre ela. Quem sabe pesquisando novelas da Finlandia. O que interessa que o Japao e em consequencia a Coreia do Sul estão trazendo uma cultura de massa que agrada novas parcelas de publico ocidental e a Neo Tokyo e é uma das poucas publicações que serve de ponte a essa cultura de massa “considerada” exótica por muita gente, mas que realmente criou seu nicho de mercado por aqui.
A resposta ficou grande, mas hj nao existe mais um foco, pq os leques de oportunidades em serem abordados se tornaram imensos. E é por isso que hj uma publicação estilo neo tokyo existe falando de series totalmente diferentes e ineditas por aqui, diferente de uma publicação estilo revista Heroi que realmente abordava só o que existia no Brasil. Nós consumidores mudamos e a forma de se escrever e abordar teve que ser mudada. ”

Acho que exagerei no papo cabeça no orkut… Espero nao parecer Cigano Igor. Fui.

Materia da Comiket sobre otaku brasileiros e o WCS

0

Ola,
Esse video para quem sabe japones, mostra os japoneses analisando a cultura otaku no Brasil. Filmando lojas da liberdade, perguntando o que vende mais por aqui, entrevistando pessoas que fazem cosplay, além de entrevistar os vencedores do WCS.
Mesmo que você não saiba japones, dá pra entender o que se passa. Principalmente quando eles estão andando na liberdade e perguntam sobre as pessoas serem otakus.
Prestem atenção que o Arnaldo Oka, que cuida da tradução dos mangas da JBC está como tradutor nesse video.
Tem uma entrevista com os vencedores do WCS, Mauricio e Monica, além de depois um tour pela JBC.
Tem tb um tour pela Animanga e depois tem uma famosa cena nesse video.
O video é uma dica do Renato Siqueira.

http://www.youtube.com/watch?v=0FbpBjIi_Nk parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=kJvahYz9tmQ parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=jcaJEYIdKw4 parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=_i9AgQz0oXI parte 4

abraços

Japão: No avião…

1

Acho que uma das coisas que mais me perguntam é como vc conseguiu ficar 27 horas dentro de um avião? Rs, vamos dizer q quando vc ta la dentro, vc não tem muitas escolhas rs.

Falando serio, o serviço da JAL foi perfeito, desde as aeromoças, a serviço, tudo perfeito, meu unico problema foi na ida que os filmes nao tinham opção de troca de dublagem, resumindo.. Todos filmes dublados e legendados em Japones.

Isso foi meio frustrante, mas lá foi eu viajando assistindo Batman: O cavaleiro das trevas, Chipmunks, Mumia 3, Hancock e dois filmes japoneses legendados em ingles.

Bom, na metade da viagem desceu um telão exibindo Hancock dublado em japones e legendado em portugues.

Agora engraçado mesmo foi o filme japones q eu vi aonde um cozinheiro gordo nao conseguia namorar. Ai ele usa um traje especial com aspirador de pó q ele vira um modelo todo famoso, mas a mina q ele gosta, não gosta dele naquela forma.

O filme é muito engraçado, principalmente na cena q ele vai sair com a modelo mais famosa do japao, e eles vao tomar banho juntos e a fantasia começa a se desmanchar, e seu corpo começa a rasgar o traje .

Descendo em Nova York, foi tranquilo, mas pela demora, não tive tempo de andar nas lojas em NY, assim entrei de novo no avião, rumo a Tokyo.

Não preciso dizer q era a mesma aeronave, portanto os mesmos filmes. A diferença que até agora tinham se passado 8 horas, mais 3 horas no aeroporto de NY, seriam mais 12 horas pra chegar em Tokyo, resumindo, já estava so o bagaço.

Essas 12 horas, eu fui escutando Nerdcast, não sei como conseguir ouvir tantos. A viagem foi meio tempestuosa pq do meu lado tava uma mulher da mesma faixa de idade q eu, mas com dois filhos pequenos. Os tios dela estava na cadeira da frente e resumindo, as aeromoças achavam q as duas pestinhas eram meus filhos. Otimo ne? Eles toda hora apertavam o botao de chamar a aeromoça.

De qualquer maneira, eu consegui desmaiar e acordei umas 3 horas antes de chegar em tokyo. Assistindo uma cena incrivel…. Vi um por do sol no oceano congelado, sendo que uma hora depois o mesmo oceano, estava nascendo o sol de novo. Coisas do fuso horario não é mesmo? Foi lindo ver o sol ir descendo e nao desceu, ele voltou a subir.

Chegando em tokyo, o aeroporto parecia um rpg de Final Fantasy, parecia q eu ia precisar subir de nivel 3 vezes pra sair de lá.

Assim, entreguei a papelada de quarentena, passei no primeiro nivel, abrindo os portoes, depois entreguei meu passaporte e fiz minha indentificação. Ironico aqui, q quando a garota passou meu passaporte num codigo de barras a maquina ficou em portugues me deixando pasmo. A garota era linda, devia ter entre 18 a 20 anos, usando uns trajes vermelhos tipo policial, mas parecia um filme de antigamente. Eu passei, ai foi a vez de pegar as malas e sair.

Fiquei uns 5 minutos pra me situar, já que saindo do avião tudo era diferente. Indo pra direção de voos domesticos, fiz o check in novamente, e encontrando alguns brasileiros q estavam no avião. Quando vc viaja mais de 27 horas junto com as mesmas pessoas, vc fica intimo das pessoas. Resumindo, trocamos msn, marcamos q ia na balada, que eu ia visitar eles e inclusive marcar um churrasco quando eu fosse voltar pro Brasil.

Cheguei no Japao era uma hora da tarde, fazia frio, pra quem sofria de calor e dormia com ventilador ligado, parecia estranho.

Descemos na sala pro vôo, enquanto isso peguei o celular pra ligar pra casa, além de comprar uma coca cola. Meu primeiro choque no Japao, a tampa da coca explode, pq a coca do japão tem bem mais gás que a do Brasil. Abrindo a mala de mão, descubro que minha mae deixou um Bis no fundo da mala. Rs, bateu um pouco de saudade na hora, mas eu ainda não tinha chegado no meu destino. Ofereci bis pro pessoal, pessoal comeu, tomando coca cola e bom, chegou a hora do vôo. Liguei rapido pro Fabio e pro Minoru pra irem me buscar no aeroporto em Nagoya e ai entrei no avião.

O avião da Jal pra Nagoya era bem menor e assim sentei bem espaçoso dessa vez. Foram 50 minutos pra chegar em Nagoya. O aeroporto é numa ilha artificial e sinceramente a sensação é muito estranha, pq o aviao desce no mar. Dá uma aflição vc descer sem ver terra.

Peguei minhas malas e fui no corredor. Engraçado vc ser gaijin na terra dos samurais (que texto cliche), pq as pessoas notam vc demais. Vc não consegue ficar invisivel. Assim eu andava com uma camiseta do jovem nerd, passou um grupo de estudantes do lado, e todos olharam pra minha cara. Assim que abri a porta, vi o Minoru do outro lado. Nossa foi bom ver um rosto conhecido na terra de desconhecidos. Logo em seguida apareceu o Fabio, o FX. Entramos no carro dele, pensando q eu ia pra casa do Minoru, mas estava errado. Iriamos cair na gandaia em Nagoya. Nem o Minoru e nem o Fabio ia me deixar dormir as 18 horas da tarde de sabado.

Continua no próximo post.

Japão: A viagem

2

Opa,

Eu sumi por dois meses e peço desculpas, mas a viagem ao outro lado do mundo, me fez desligar de muitas coisas q eu tava cuidando no Brasil.

Falando sobre o Japão, eu fiquei em torno de 50 dias por lá. Com certeza, eu vivi coisas que nunca pensei q iria viver um dia. Vi principalmente muitas cenas q eu achava q tava num anime, por causa das ruas, dos uniformes e de como o Japão é.

Uma coisa que eu quero deixar claro, o Japão é um país que parece inacessivel. Realmente, quando comecei a ir atrás das coisas sobre essa viagem, eu olhava e pensava muitas vezes algo do tipo: “Será q eu vou mesmo?” ou coisas do tipo o: “O Japão existe?”. Agora, mesmo na última semana, com passagem na mão, malas feitas, eu nao acreditava. Foram anos sonhando pisar no Japão, de repente o sonho se torna realidade.

Logicamente adianto uma coisa, foi muito mais complicado renovar o passaporte, do que tirar o visto no consulado. Logico, uma das exigencias pra vc ir a turismo, é comprovar sua renda, além de levar um roteiro de viagem, com endereço do hotel ou amigo que vc vai ficar durante a viagem.

No dia q eu embarquei, olha como sou azarado. A cada 8 pessoas, a mala é vistoriada…. Sim, vistoriaram a minha mala pra eu fazer check in na companhia.

Depois de tudo resolvido, eu me despedi dos meus pais, comendo sushi no aeroporto. rs.

De quinta feira, se passaram 2 dias, 1 de verdade e mais 12 de fuso horario, assim cheguei no Japao no sabado a tarde. Chegando lá me deparei com tudo diferente… Vc vao entender pq… mas não agora.

Conto o resto no proximo post….

Rain – O Super Star número 1 da Ásia ganha o Mundo

6


            A música coreana está ganhando o mundo e Rain é mais uma das promessas internacionais nesses últimos anos. Excelente cantor, dançarino, modelo e ator, Rain é um artista completo da agência JYP Entertainment.

Perfil

            O nome verdadeiro de Rain é Jung Ji Hoon, ele nasceu em Seoul, na Coréia Do Sul, no dia 6 de junho de 1982. Rain tem 1,84 m e 75 kg e seu tipo sangüíneo é 0+. Ele tem como hobbie: ver filmes e músicas, além de comprar roupas e sapatos. Seus atores favoritos são: Charlie Chaplin and Seok-Kyu Han e seus cantores são: Michael Jackson, Janet Jackson e Usher.  

            Rain se formou na Universidade de Kyung-Hee em Artes Pós-Moderna e atualmente está cursando na Universidade Dan-Kook o curso de Maj. Em Artes.

            Seu interesse por Hip Hop e R&B veio quando ele estava ainda na sexta série, equivalente ao nosso ensino fundamental.

Rain – Pi – Bi – YU – Como se fala o nome Rain?

            A palavra “rain” (chuva em português), tem algumas formas bem diferentes de ser chamado pelo mundo, em particular na Ásia, ganhando diferentes nomes em cada país que passa. Na Coréia do Sul, o nome de Rain é Bi, enquanto isso seu nome no Japão é Pi. Na China, seu nome também varia sendo chamado de Yu, enquanto isso nos EUA, Canadá e toda Europa, seu nome é pronunciado como a palavra inglês Rain.

Carreira

            Jung Ji Hoon na adolescência entrou para boy band chamanda Fanclub, que tiveram uma vida curta, lançando apenas 3 singles no final dos anos 90.

            Os problemas de Jung Ji Hoon começaram quando sua mãe ficou doente e ele estava sem dinheiro, assim tendo que passar uns apertos financeiros com sua irmã, para tomar conta de sua mãe.

            Não querendo abrir mão do seu sonho de ser um cantor, Jung Ji Hoon continuou a ir a audições de gravadoras na Coréia. Ironicamente, um dos motivos que teve rejeição em uma audição em especial, segundo próprio Rain numa entrevista a CNN, foi por ele não ter Pálpebras duplas, uma característica em especial na Ásia que era de interesse dessas agências/gravadoras.

            A vida de Jung Ji Hoon mudaria completamente, ao ser aprovado na audição da agência JYP Entertainment. Park Jin Young, CEO da agência, tendo interesse nele, o contratou assim fazendo Jung Ji Hoon sofrer por treinamentos adequados e também atuar como dançarino de fundo de alguns artistas. Esse treinamento que levou alguns anos, transformava Jung Ji Hoon, assim nascendo o nome Rain.

Debut

  Em 2002, Rain estreava nas lojas, com o álbum, o “Bad Guy”, que ficou em 9º lugar nas lojas coreanas no mês de estréia, ficando e 45º como álbum mais vendido naquele ano.

  Sua estréia foi muito bem recebida pelo público coreano, assim Rain faturou os prêmios: MBC Top 10 Artist Award, KBS Music Award SBS Music Award, SBS Seoul Gayo Award, M.NET Music Video Festival, KMTV Korea Music Award e Golden Disc Award. 

Rain nos doramas

             Semelhante a outros cantores de sucesso, Rain também foi para televisão para atuar em doramas. Sua estréia foi em 2002, com a série Orange, seguido em 2003 com a série Sang Doo, Let’s Go To School que foi o debut do cantor como ator.

            O grande sucesso na carreira de Rain como ator, foi com a série Full House em 2004, aonde todos os episódios superaram a audiência de 30% no país. Full House conta a história de Han Ji-Eun que enganada pelos amigos, vai a China por um falso concurso do banco, o que ela não sabia que seus amigos enquanto ela viajava, eles venderam sua casa, assim deixando ela totalmente sem nada. Dentro do avião, ela reconhece o ator Lee Young-Jae que não faz muita questão de cumprimentar ela, essa estranha amizade, que se torna o casamento “arranjado” mais hilário de todos os tempo, foi um grande sucesso só não na Coréia, como em diversos paises, como Filipinas, Malásia entre outros. O sucesso nas Filipinas foi o absurdo de 52%, tanto que o canal GMA Network especializado em remakes de novelas da Televisa, que atualmente exibe Marimar e a Usurpadora locais, está com os direitos de criar a sua versão local de Full House.

            Voltando sobre a carreira de Rain, ele ainda atuou em 2005 no dorama Banjun Drama e a última série que atuou foi em A love to kill em 2006 pelo canal KBS2. Desde então, ele está atualmente mais voltado para sua carreira internacional.

            Vale mencionar que esse ano teremos a estréia de Full House 2 que é bem provável que haja um novo elenco na série. Esperasse que o elenco original faça participações especiais na nova série. 

Rain nos filmes

             Nos cinemas, Rain estreou com o filme I’m a Cyborg, but It’s Ok do diretor Park Chan-Wook, famoso pela trilogia de vingança (Oldboy, Sr. Vingança, e Lady Vingança que tiveram seus filmes lançados no Brasil, os dois últimos recentemente). I’m a Cyborg, but It’s Ok  foi exibido no Brasil pelo Festival do Rio em 2007.

            Inédito tanto nos cinemas como nas locadores, I’m a Cyborg, but It’s Ok conta a história de Young-goon que é uma garota que acha que é uma cyborg, assim indo parar numa clinica psiquiátrica. As coisas só mudam, quando aparece o metido Il-soon surge e o relacionamento dos dois fazem ambos ver o mundo de outra forma.

            Mesmo não sendo um filme recheado de cenas de ação, o filme tem qualidade do diretor Park Chan- Wook, além de ter um elenco excelente, que não deixa a peteca cair.

            Deixando o cinema asiático de lado, o cantor Rain também estréia no cinema americano no filme Speed Racer. Sendo o primeiro papel dele fora do cinema asiático, num filme blockbuster de grande destaque internacional, por ser um remake de uma animação dos anos 60 conhecida por todo mundo. Rain será o Taejo Togokhan no filme do Speed Racer, fique atento.

            Rain deve ter agradado os diretores e produtores, Andy Wachowski e Larry Wachowski, da trilogia Matrix, V de Vingança e agora Speed Racer, já que está na próxima produção dos dois irmãos, Ninja Assassin, para 2009. Sendo filmado nas mesmas locações de Speed Racer, em Berlim, Alemanha, o filme será dirigido por James McTeigue que tem no seu currículo, diretor assistente na trilogia Matrix.

            O sucesso de Rain em Hollywood reforça a carreira musical que ele também vem construindo por lá, assim tornando-se um dos maiores cantores asiáticos com exposição no momento. 

Da Coréia para o Mundo 

            Um dos grandes momentos da carreira de Rain, foi quando ele pode cantar um dueto com o cantor Usher. Bastante popular e não saindo das rádios brasileiras, Usher é o cantor favorito de Rain e foi uma enorme satisfação poder fazer esse dueto, como também servindo de divulgação para o mundo.

            Outro grande momento na carreira de Rain, foi o dueto com o cantor de hip hop, Omarion, juntos eles gravaram o “Man Up”.

            Em 2007, a revista People já havia adicionado Rain, como um dos caras mais belos do planeta.

            No Japão, o cantor se apresentou no Tokyo Dome, para uma platéia de 40 mil pessoas, lembrando que ele foi o primeiro cantor coreano a cantar no maior palco japonês, até hoje, superando inclusive cantores coreanos consagrados, como a cantora BoA.

            Rain’s World Tour, a sua ultima turnê mundial passou por Havaii, Shanghai, São Francisco, Toronto e Los Angeles. 

A saída da JYP Entertainment e a criação da Rainy Entertainment

 

            Em junho de 2007, Rain deu passo muito maior que poderia se imaginar para qualquer outro artista. Ele depois de 5 anos trabalhando para a JYP Entertainment, saiu da empresa para criar a sua própria empresa.

            A nova empresa que recebeu o nome de J. Tune Entertainment, também é conhecida informalmente por Rainy Entertainment. Inaugurada em novembro de 2007, Rain que adotou o nome em inglês Kevin Park, tornou-se o CEO, desta empresa, como também conversou com a mídia coreana, explicando porque tomou essa atitude tão drástica em sua vida.

            Querendo torna-se ainda maior, Rain optou sair da JYP Entertainment, desenvolvendo sua empresa, porque hoje tem sua base de fãs não só concentrado na Coréia, mas em outras partes do mundo, mais especificamente na Austrália e nos EUA. Como cantor e ator, ele agradece e quer continuar a ser o melhor e maior cantor que a Coréia já teve, mas também quer mostrar a sua dança, a sua música para um público muito maior.

            Como esse fato ainda é muito recente não poderemos analisar se Rain realmente fez bem ou não sair da empresa que o criou, mas o que podemos concluir que como ator, ele está indo muito bem, em Speed Racer e agora em Ninja Assassin. Agora, e como cantor? Será que ele conseguirá honrar o título de primeiro da Ásia? Isso só o tempo dirá.

Conheça um pouco mais da apresentadora do J-melo, a cantora melody.

0

            A apresentadora do programa J-melo, melody. também é cantora de j-pop no japão, então  saiba um pouco mais de sua outra carreira . A melody. pertence ao selo musical Toy´s Factory e já lançou por volta de10 singles e 3 albuns, entre os destaques aos fãs de videogame, ela também participou da trilha sonora do jogo Need for Speed: Carbon.

Perfil

Melody Miyuki Ishikawa nasceu no Havaí, Estados Unidos, em 24 de fevereiro de 1982. Diferente do habitual entre as cantoras de jpop, Melody veio de uma família de cantores, assim como suas irmãs, em especial Christine Ayana Ishikawa. Isso colaborou muito para a influência da cantora na sua incursão a industria fonográfica japonesa. 

Melody tornando se cantora da Toy´s Factory, acabou mudando a forma de escrever seu nome, para a forma minúscula e com um ponto no final, assim tornando-se melody. Seu primeiro trabalho foi o single Dreamin´ Away que foi lançado em fevereiro de 2003.         

Ela acabou tornando conhecida pelo grande público, quando regravou o clássico “Over the Rainbow” (de Mágico de Oz), para um comercial da empresa Mitsubushi.  A canção foi lançada posteriormente no segundo single da cantora, intitulado “Simple as that / Over to the Rainvow”.

Seu sucesso ainda em 2003 se confirmaria com dueto com a dupla m-flo (Neo Tokyo 12) e yamamoto ryohei (atualmente o cantor mudou seu nome profissional para Ryohei e foi transferido da Warner Music Japan para Rhythem Zone, o mesmo selo de m-flo e Koda Kumi). O trabalho chamado “miss you” tornou se mais um dos famosos “m-flo loves”, batizado de m-flo loves melody. e foi lançado em outubro daquele ano, chegando no impressionante décimo lugar da Oricon.

Seu primeiro álbum, Sincerely, veio no começo de 2004, sendo um dos destaques do Top 10 da Oricon, estando em terceiro lugar.

O sucesso da cantora a fez ser garota propaganda de vários comerciais, assim ela estreou no mundo dos games, pela empresa Hudson, Alpen, Subaru entre outras. 

Dragon Zakura

A cantora, além dos comerciais também participaria do universo dos doramas com a música Realize para a série Dragon Zakura. Baseado no manga  de mesmo nome, Dragon Zakura segue ao estilo de GTO, sendo que aqui, a pior escola do Japão está em dívidas por uma administração duvidosa por parte de sua diretora. Cobrando a divida da escola, o advogado Kenji Sakuraji, perde totalmente sua moral ao ser descoberto que em sua juventude ele era um motoqueiro de gangues. Para as pessoas esquecerem seu passado e ser reconhecido como advogado competente, ele torna-se professor de uma sala especial que irá colocar 5 alunos em Toudai daqui um ano. Entre os alunos da sala problema está Yaajima Yuusuke, que é comprado pelo Kenji, que paga as dividas da família aos Yakuzas.

Amizade com o M-flo

A parceria com a dupla do M-flo, voltaria em 2006, quando o DJ do grupo, Taku Takahashi participou de maneira solo, no single “see you…”.

No ano seguinte, melody. participou do álbum mais recente da dupla M-flo, chamado COSMICOLOR, na música STUCK IN YOUR LOVE. A música também foi lançada no décimo single da cantora, chamado “Love Story”, sendo que aqui, semelhante ao que aconteceu com a cantora Crystal Kay, a brincadeira do m-flo foi também invertida, assim no single ao invés do tradicional m-flo loves, foi colocado melody. loves m-flo.

Kodoku no Kake

Em abril desse ano, estreou o dorama Kodoku no Kake, que também teve melody. na trilha sonora. Baseado na novela do autor Junpei Gomikawa, Kodoku no Kake é sobre Chigusa Teijiro, um jovem de negócios que encontra uma design chamada Inui Momoko,  que faz uma proposta deveras interessante. Um empréstimo de 20 milhoes de ienes, em troca do seu próprio corpo, caso algo de errado.

A canção Love Story do décimo single de melody., foi a música tema da série de 11 episódios que foi encerrada em junho. A cantora tinha seu próprio espaço na série, chamado “melody.´s room”, aonde toda semana visitando o site da série, você seria recebido por ela que contaria alguns detalhes do making off de sua música e da produção da série.

Atualmente, podemos assistir a cantora na edição semanal de J-melo que tem diversas reprises durante a semana.

Anime Songs – Um histórico sobre suas adaptações no Brasil

2


            Muitos fãs ortodoxos não gostam nem de tocar no assunto, mas a verdade que desde quando os animes começaram a embarcar no Brasil, na TV TUPI, nós temos versões brasileiras de músicas de animação japonesa.

            As primeiras versões brasileiras são de Sawamu e Fantomas que exibidos aqui pela TV TUPI. Simples e sem grande pretensões, as primeiras “songs” eram somente um curto resumo da série com créditos de dubladora e distribuição.

            Hoje temos mais de 170 musicas em português de animes e séries de tokusatsu que foram exibidos no Brasil. Muitas delas variam entre o ruim para o bom. Muitas letras delas não tem nada haver com o original, isso quando a musica foi baseada na versão japonesa, porque a maioria atualmente é baseada em inglês ou em espanhol, ou numa versão eletrônica criada pelos americanos que substituem a trilha sonora original por musica eletrônica.

            Muitas músicas ganharam versões diferentes dependendo do estúdio de dublagem ou mesmo do desempenho anterior da mesma. O tema de Dragon Ball, por exemplo, ganhou 4 versões diferentes feitas por 4 estúdios de dublagem diferente, Gota Mágica, DPN, Álamo e Parisi.

            Existem outros temas que foram feitos exclusivamente para lançamento de disco de vinil, cd e fitas cassete como as versões nacionais de Cybercop, Black Kamen Rider (chamado de Blackman na música), o cd de Cavaleiros do Zodíaco, o cd de Super Campeões e o cd de Guerreiras mágicas.

            As melhores versões traduzidas consideradas pelo publico foram feitas pela Áudio News para Yu Yu Hakusho. Muitos lamentam que suas versões não tenham ganhado uma versão em cd e muito menos foram reutilizadas quando a série foi redublada para a Cartoon Network.

            Um anime que passou despercebido nas nossas televisões, mas que ganhou uma versão nacional inesquecível é a série Patlabor. As músicas “Ai Wo Nemurasenaide”, “Midnight blue” e o tema da série ganharam versões inesquecíveis pela Master Sound.

            As falsas anime songs que as musicas foram feitas por americano, existem diversas aqui no Brasil, desde Pokemon, Monster Rancher, Kirby, Sonic X, Megaman NT Warrior, Shin Chan, Flint e tantas outras produções que já vem adaptada para o Brasil.

            Existem animes que infelizmente não migraram para a tv a cabo e por sua rápida exibição, suas musicas se perderam no limbo, como é o caso de Power Stone que teve versão brasileira feita pela Parisi Vídeo.

             Um dos estúdios que mais cuidou de versões nacionais de animes e tokusatsu, foi a Álamo. Ocupando a preferência dos estúdios, com a falência da Gota Mágica, o estúdio Álamo desde os anos 80 adapta versões nacionais de tokusatsu, desde Jaspion e Changeman até a musica de Cavaleiros do Zodíaco quando está foi redublada para ser exibida na Cartoon Network e Rede Bandeirantes.

            Falando na versão brasileira de Pegasus Fantasy, de Cavaleiros do Zodíaco, foi a partir dessa música que podemos constatar que podemos ter pessoas famosas fazendo versões que agradam o público. O cantor Edu Falaschi, da banda Angra, cantou a versão nacional que até hoje é considerada a melhor do anime entre os fãs desse anime.

           Muitos cantores “anônimos” tocam em barzinhos, ou show pelas cidade de São Paulo e Rio de Janeiro. Fred Maciel, o cantor de Jaspion, por exemplo, mudou seu nome profissional para Freddy Maciel e faz shows no Rio de Janeiro. O cantor de Black Kamen Rider, o Ghizzi, hoje tem uma banda de mesmo nome que toca em várias casas de show em São Paulo, com um repertório que vai desde Elvis até Rolling Stones. Graças ao orkut, muitos cantores de anime songs estão sendo redescobertos pelo publico que curtiu as musicas deles no passado.

            Felizmente ou infelizmente, as séries hoje em dia estão cada vez ganhando menos versões brasileiras de sua trilha sonora. O canal Animax, por exemplo, só tem Shin chan com a abertura dublada, isso porque a série foi exibida na Fox Kids antes.

            Quem define a qualidade ou a existência da musica nacional nos animes é o fã. Talvez por isso hoje não exista mais versões nacionais de musicas de anime.

Eu acho que se a adaptação for bem feita eu sou a favor. Mas ela tem que ser bem feita. Geralmente os licenciantes não se importam muito com as músicas que vaum na abertura ou encerramento dos desenhos e por isso não investem na produção bacana. Assim o resultado acaba sempre sendo muito ruim. E assim os fãs tem razão de ficarem irritados com as músicas em português. As músicas em japonês são muito legais tb, mas acho que as em português levam para o telespectador um pouco da mensagem que o anime quer passar e isso é legal.” Renato Siqueira

Sinceramente, prefiro que seja mantido no original, com tradução e letra romanizada para que a pessoa saiba o que está ouvindo ou até cantando. Para as anisongs que aparecem  não na abertura, mas durante o animê ou tokusatsu, fica mais complicado, mas ainda assim prefiro que se mantenha no original. Nada que uma legendagem caprichada e uma boa divulgação não ajudasse as pessoas a conhecer melhor. Mas confesso que algumas versões em português ficaram boas, como a do Kamen Rider Black RX e de animês antigos do SBT, como Rei Arthur e Angel.” Alexandre Nagado




A História das músicas dos Animes – parte 5

0


Crise das Anime Songs? Empresas do mercado musical dominam os animes

             Para o novo milênio, muitas características vindas do sucesso de iniciativas como a em Rurouni Kenshin, tornaram-se padrão no mercado musical. Acabando a era de musicas aonde deveriam demonstrar a bravura de seus personagens, do ano 2000 pra cá, vivemos uma época aonde é mais importante o nome da gravadora, o nome da agência e o nome dos cantores.

            Pode perceber claramente a mobilização das empresas para esse novo setor, como a empresa Avex Trax, abrir em 1999, a empresa Avex Mode que supervisiona produções de cinema, live action e animes, aonde tanto novos talentos, como cantores consagrados da gravadora, são selecionados e sua música de lançamento é inserida naquele “xis” anime. Um dos portfolios da empresa é o anime Inuyasha, que tem em sua trilha sonora de Boa, Do as Infinity, Ayumi Hamasaki, a rainha do jpop no Japão.

            Um fato importante é que semelhante ao mercado de publicidade, aonde se compra “Xis” inserções (repetições) de um comercial para ir ao ar, no caso de agência e gravadora e estúdios de animação, é quase semelhante, assim o processo é pela preferência em escolher a gravadora para aquelas produções, do que pela qualidade do cantor.

            Hoje, as produções mais populares do Japão escolhem entre Avex Trax e Sony, sendo que casos como Naruto e Bleach, utilizam trilha sonora da Sony, enquanto Initial D e Inuyasha utilizam a da Avex Trax.

            Em 2004, quando a Warner Brothers lançou a versão live action de Cutie Honey, tendo Hideaki Anno, como diretor, conhecido por Neon Genesis Evangelion, trouxe um clássico das anime songs, numa versão atualizada. A canção tema, cantada originalmente por Yoko Maekawa, ganhou uma versão e sedutora, na voz da cantora Koda Kumi, pela gravadora Avex Trax, sendo um grande sucesso naquele ano, como também sendo uma das responsáveis do impulso da cantora, que hoje é a segunda cantora que mais vende singles e álbuns, perdendo apenas para a rainha da casa, Ayumi Hamasaki.

             E as verdadeiras anime songs, morreram? Não, estão por aí, em algumas produções, como Rica Matsumoto em Pokemon, o grupo Jam Project (reunião de antigos cantores dos anos 80, como Kageyama e Ichiro Mizuki) em diversos animes de robôs, como Jeeg e Mazinkaizer, entre tantas outras produções. Infelizmente, o mercado de anime songs mudou, gerando esse mercado atual no qual se usa como ponte de lançamento para diversos artistas.

            Se por um lado, o gênero tradicional como Kamen Rider, deixou de lado as anime songs, adotando músicas da Avex Trax, trazendo um j-pop eletrônico para suas trilhas sonoras em 2003. Temos o tradicional gênero Super Sentai há mais de 30 anos no ar no Japão, que mantêm o anime songs vivo, na voz de cantores como Akira Kushida, Hironobu Kageyama, como também apresentando artistas que cresceram ouvindo anime songs, como Psychic Lover.

            Podemos concluir, que séries tradicionais ou para público infantil, a velha anime songs permanece ativa, como o gênero Super Sentai e séries como Pokemon. Quando o público é mais velho, o mercado toma mais cuidado na trilha sonora, selecionando artistas que estão em moda, ou que irão fazer moda, inserindo esses em animes para publico infanto juvenil.

            É curioso que muitos cantores de sucesso dos anos 80, como Kageyama, Mojo, Akira Kushida, Takayuki Miyauchi entre outros, fazem bastante sucesso no Brasil, quando fazem seus shows no Brasil, por o público ser muito nostálgico. Independente disso, o público brasileiro está evoluindo o desenvolvimento mundial, desejando artistas atuais da música japonesa, como L’Arc~en~Ciel. Tanto que o público brasileiro já teve show da banda de j-rock Charlotte e ficou curiosa, quando o Centenário da Imigração Japonesa, anunciou que a cantora Namie Amuro viria ao Brasil, fato que acabou não ocorrendo infelizmente para o público brasileiro fã do gênero j-pop.

            Muitos artistas alcançaram a fama, graças a terem seus trabalhos atrelados a certos animes de sucesso, como UVERworld em Bleach e AAA na trilha sonora japonesa do live action chinês de Initial D, sendo hoje campeões de vendas de singles e álbuns no Oricon.

            Não podemos saber o que vai acontecer depois dessa década, mas a verdade é que não podemos ver mais as músicas de animes, apenas como meras trilhas sonoras. Tratadas como grandes negócios entre empresas, a trilha sonora que você ouve em seu anime favorito hoje, com certeza foi pensada se funcionaria naquele público, sendo parte da identidade traçada pelas grandes empresas japonesas.


       

A História das músicas dos Animes – parte 4

0



Anime songs X J-pop/J-rock

            Na década seguinte, nos anos 90, as Anime songs seguiram o mesmo padrão estabelecido, até a primeira metade da primeira década, só que com a consagração do gênero new music que foi rebatizado de J-pop, pela rádio J-Wave, sendo o termo oficial até hoje, além do sucesso do gênero J-rock, fizeram mudanças drásticas a forma de se ver anime song e como alcançar seu público.

            Animes como Dragon Ball Z, ainda eram sucesso no Japão, o que realçava a fórmula tradicional de anime songs, com sucessos como We gotta power, segunda abertura da série, feita também para Hironobu Kageyama, referente a fase Majin Buu, ultima fase da série.

            Uma característica em particular da Anime Songs que já vinha ocorrendo nos anos 80, com o sucesso da dubladora e cantora Mari Iijima com as canções da personagem Lynn Minmay em Macross, se repetiu nos anos 90 com a dubladora Megumi Hashibara. Cantando diversos animes, como Neon Genesis Evangelion, Saber Marionette J, Shaman King, entre tantos outros, percebemos o sucesso da dubladora, no mercado musical, tornando-se uma das divãs desse segmento nos anos 90.

Outra série de sucesso que é exemplo dessa época é a série Yu Yu Hakusho, no qual produzida entre 1992 a 1995, a série teve uma trilha sonora de alta qualidade, em especial por causa da cantora Matsuko Mawatari, que cantou a abertura Hohoemi no Bakudan, além dos encerramentos Sayonara Bye Bye, Homework ga Owaranai e Daydream Generation.

Paralelamente já sentiríamos uma influência do j-rock, com a série DNA2, aonde o tema Blurry Eyes foi gravado pelo popular grupo L’Arc~en~Ciel.

No gênero live action, o lançamento de Ultraman Tiga, colocando cantor e ator Hiroshi Nagano como o protagonista Tiga / Daigo Modoka, uma influências direta do que já acontecia em doramas (termo que se refere a novelas e mini series japonesas), em colocar um cantor como protagonista da série e ter a música de seu grupo como trilha sonora da produção. A mudança fez bem a empresa Tsuburaya, pois colocou a trilha sonora de Ultraman Tiga em primeiro lugar na Oricon, como das mais vendidas, algo realmente inusitado para séries desse gênero.

            Para muitos, a série Rurouni Kenshin (mais conhecido no Brasil como Samurai X) foi o divisor de água oficialmente sobre o gênero de anime songs. Mais precisamente, ela começou a crise no gênero, ao trazer para os animes, uma trilha arrojada, com os cantores mais famosos do Japão, naquela época, em músicas que nada tem haver com a série, tornando assim a primeira produção a usar a série como vitrine para esses artistas, além de fazer o caminho inverso, fãs dos artistas conhecerem o anime e se tornarem fãs. Os artistas do selo musical Sony Music Japan que fizeram a trilha sonora do anime Rurouni Kenshin, destacando: Judy & Mary, Bonnie Pink, T.M. REVOLUTION, Siam Shade, L’Arc~en~Ciel entre tantos outros.

            Outro caso de sucesso de jmusic no universo de animes, foi o filme baseado no manga do grupo Clamp, X-1999, que teve seu encerramento, a canção Forever Love, lançado em 1996, por X-japan, grupo de j-rock que acabou logo depois, sendo uma referência para todos os grupos que veio depois nesse hiato de 10 anos, quando o grupo se reuniu em 2007, estreando em Jogos Mortais 4, com a canção I.V.


A História das músicas dos Animes – parte 3

0

A entrada do Hard Rock 

 

Os anos 80 é lembrado até hoje por muitas coisas, e não dá pra não esquecer que foi nele que 

teve uma segunda invasão de séries nipônicas no Brasil, como Jaspion, Changeman, Dolbuck, Doraemon, Candy Candy, Rosa de Versalhes entre tantos outros. Lembrando que as séries Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya, no original) e Dragon Ball, mesmo tendo sido produzidos nos 

anos 80, só chegariam ao Brasil nos anos 90, sendo ícones até hoje em dia na televisão brasileira.   

       

 Casos como as séries Changeman e Cavaleiros do Zodíaco, ficam nítidas a influência do rock nas anime songs e essa influência vem do mercado musical dos anos 80 que ganharam outras direções com gêneros rock e new music (que seria chamado de jpop mais tarde) fazendo sucesso no Japão. Esse tipo de musica veio do reflexo neo-americano das décadas anteriores, assim a influência da música ocidental, fez uma repetição dentro do próprio país, criando uma música exatamente igual ao que havia lá fora. O sucesso desses novos gêneros que formaram jrock e jpop nos anos posteriores, veio a mistura dessas influências ao modo japonês, nascendo músicas que tem frases em inglês misturadas com o idioma japonês e com estilo totalmente próprio e pessoal.

Sinais da mudança na forma de fazer anime songs, veio em 1984 com o anime Hokuto no Ken, com o Crystal King. A música Ai wo Torimodose era um exemplo do que estava por vir nessa nova década.     

Entre as pessoas que fez sucesso nessa década, no gênero anime songs, foram os cantores Hironobu Kageyama e Nobuo Yamada. Ambos vindo do gênero hard rock, fizeram fama no gênero de anime songs, sendo que o total destaque da década, realmente vai para Hironobu Kageyama, que tendo uma carreira solo recente, após o fim do grupo LAZY, gravou temas de grande sucesso em vários animes, como Chou Jikuu Kidan Southern Cross, Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco. Na área de Live action, o cantor se consagrou com o Esquadrão Relâmpago Changeman (Dengeki Sentai Changeman, no original), sendo que no ano seguinte ele retornaria na série Defensores da Luz Maskman (Hikari Sentai Maskman, no original). Nessa época, o cantor assinava suas musicas com o pseudônimo de KAGE.

            A grande consagração pessoal do cantor Hironobu Kageyama veio com a música Chala Head Chala, primeira abertura de Dragon Ball Z, em 1989. Na época, grande fã do manga de Akira Toryama (publicado no Brasil pela editora Conrad), Kageyama sonhava em cantar o tema de abertura de Dragon Ball, mas perdeu a vaga para o cantor Hiroki Takahashi. O sonho só virou realidade, quando no anime começou a segunda fase, intitulada Dragon Ball Z, o sucesso de Chala Head Chala, percorreu o mundo, ganhando versões aonde a animação era exibida, ganhando inclusive versão brasileira pela Álamo, entre outros estúdios que fizeram versões próprias, quando assumiu filmes da série que não foram dublados no estúdio principal.

            Outro grande ícone em termos de música de animes, produzida nos anos 80, é a famosa Pegasus Fantasy, de Cavaleiros do Zodíaco, produzida pelo grupo Make Up, vindo também do rock, foi o grupo tem no vocal Nobuo Yamada, que assinava com pseudônimo de Nob, tornou-se conhecida entre os fãs de anime. Infelizmente no Brasil, por ter vindo uma versão de Cavaleiros do Zodíaco com trilha sonora alterada, só viemos conhecer oficialmente Pegasus Fantasy em versão em português, depois de seu relançamento para o canal Cartoon Network, aonde o cantor Edu Falaschi, do popular grupo Angra, assumiu o vocal dessa excelente adaptação.

            Um fato bastante curioso é que com o fim dos anos 80, as séries Jaspion e Changeman vieram ao Brasil, pela empresa Everest Vídeo (que depois alterou de nome para Tikara filmes e posteriormente fechando as portas), sendo exibidas pela extinta Rede Manchete. O sucesso inesperado das séries no Brasil fez uma geração cantar músicas em japonês, sem nunca ter tido contato com o idioma. Atualmente, Kageyama entre outros cantores fazem shows no Brasil e essa mesma geração que hoje tem uma faixa entre 20 a 30 anos, participa de seus shows e sabe suas músicas de cor.